14 de novembro de 2017

Governo de Mato Grosso Busca novos investimentos na COP 23



O Governo de Mato Grosso está buscando novos apoios para a concretização das ações da estratégia PCI – Produzir, Conservar e Incluir. Presente na Conferência do Clima (COP), o governador Pedro Taques participou nesta segunda-feira (13.11) de reunião no Ministério de Economia, Cooperação e Desenvolvimento Alemão, que abriga o banco estatal KfW, para prospecção de novos investimentos.

Pela primeira vez, o KfW será é um financiador de projetos para Mato Grosso. Nesta quarta-feira, dia 14, será realizada cerimônia para celebração do contrato de apoio durante o evento Amazon Bonn Day, garantindo 17 milhões de euros – R$ 65 milhões – pelo bom desempenho do Estado na redução do desmatamento e da degradação ambiental. A assinatura contará com a presença de governadores e representantes dos Estados que abrigam a Amazônia.

Apresentada na COP 21, em Paris, há 2 anos, a estratégia PCI chamou a atenção da comunidade para ações de combate ao desmatamento, apoio à agricultura familiar e à produção produtiva sustentável. A comitiva de Mato Grosso foi recebida pelo diretor da América do Sul, Christoph Rauh. “O Brasil continuará sendo um parceiro forte nosso. Estamos felizes por podermos assinar um contrato amanhã e já iniciarmos os trabalhos”.

O governador Pedro Taques lembrou que a PCI é uma estratégia da sociedade que visa mudar o modelo de produção mato-grossense, garantindo a pujança econômica do Estado aliada às demais frentes que garantem qualidade de vida aos cidadãos. “Esse é um projeto de longo prazo. Mas o importante é que temos um norte, uma bússola, sabemos o que queremos e temos a vontade política de fazer”.

No Brasil, apenas o estado Acre conseguiu concretizar a parceria. O estado foi escolhido pelo banco alemão por apresentar um excelente resultado no combate ao desmatamento. Nos últimos 10 anos, o estado conseguiu reduzir mais de 80%, saindo de uma média de desmatamento que era de 5.714 km², entre 2001 e 2010, para 1.216,66 km² em 2016.

O secretário de Estado de Meio Ambiente, o vice-governador Carlos Fávaro, explica que o Programa Global REDD Early Movers (REDD para Pioneiros – REM) tem o objetivo do programa de premiar países ou estados que têm investido na conservação da floresta e na produção sustentável. “O mais importante é que este aporte de recursos vai apoiar Mato Grosso na implantação de uma agenda positiva que promova equidade social, em um contexto de redução de desmatamento, com oportunidades de renda a quem protege a floresta em pé”.

Queda no desmatamento

O reflexo do trabalho da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) no combate ao desmatamento ilegal tem tido reflexo positivo. Prova disso são os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no mês de outubro deste ano que mostram uma redução de 16% do desmatamento ilegal na Amazônia, entre agosto de 2016 e julho de 2017, dos quais 10% em Mato Grosso.

No ano passado, os dados consolidados da Sema também foram positivos e apresentaram uma diminuição, entre 2015 e 2016, de 16% na Amazônia, que reduziram de 1.453,67 km² (2015) para 1.216,66 km². Aliás, em 2016, o único Estado entre os nove da região a obter redução de desmatamento foi Mato Grosso.

A redução no desmatamento somente foi possível devido ao incremento nas ações de fiscalização nesse período. Em um esforço concentrado, o setor de fiscalização atuou ao longo de 2016 cerca de 194 mil hectares por desmatamento ilegal. Os números mostram um aumento de 214% em relação ao mesmo período do ano anterior, que totalizou 61,6 mil hectares. O valor das multas aplicadas totalizou R$ 314 milhões.

O que é KfW

É um dos bancos de fomento líderes mais experientes do mundo, que está comprometido com a melhoria sustentável das condições de vida, focando nos âmbitos econômico, social e ambiental. O Programa REM é a maneira como o Governo da Alemanha, por meio do KfW, apoia países e estados pioneiros em iniciativas de redução de emissões de gases do efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal (REDD), e que tenham adotado iniciativas voluntárias de conservação florestal visando à mitigação da mudança climática.

Por Ana Rosa Fagundes/Rose Domingues  – GCom|MT

Nenhum comentário:

Postar um comentário