21 de janeiro de 2019

MORTALIDADE DE TUCUNARÉ X PESCA ESPORTIVA - DADOS ESTATÍSTICOS IMPORTANTES

trabalho relativamente recente, publicado no periódico científico ACTA AMAZONICA, pesquisadores estudaram a taxa de mortalidade de tucunarés associada à pesca esportiva (pesque e solte) no Rio Negro, Amazonas.
A seguir, apresento um resumo do trabalho:

A pesca esportiva de tucunarés Cichla spp., na Amazônia brasileira, aumentou em popularidade nos últimos anos e tem atraído pescadores esportivos que geram benefícios econômicos para essa região. 

Entretanto, a sustentabilidade dessa pescaria depende em parte da sobrevivência dos peixes capturados, por meio da prática do pesque e solte. 

O objetivo deste trabalho foi avaliar a mortalidade de Cichla spp., incluindo o tucunaré-paca/açú (C. temensis Humboldt), o borboleta (C. orinocensis Humboldt) e o popoca (C. monoculus Agassiz) em dois locais na bacia do rio Negro, o maior tributário do rio Amazonas. 

Os peixes foram capturados por variados tipos de iscas artificiais e posteriormente monitorados em viveiros construídos no próprio rio, por 72 horas. Um total de 162 tucunarés foi capturado e as mortalidades (em %) foram calculadas. 

A mortalidade foi de 3,5% para o paca; 2,3% para o borboleta; e 5,2% para o popoca. 

O comprimento padrão dos peixes capturados variou de 26cm a 79cm, mas apenas peixes menores de 42cm morreram. 

A pesquisa sugere que a pesca esportiva não causa substancial mortalidade na população de Cichla spp. 

Na bacia do rio Negro.

Apresento também algumas informações adicionais que retirei do trabalho:

Foram utilizadas na pesca iscas de superfície, meia-água e jigs.

Dos 56 pacas/açús capturados, 2 morreram, tendo sido ambos fisgados por jigs.

Dos 87 borboletas capturados, 2 morreram, tendo sido um fisgado com isca de meia-água e o outro com jig.

Dos 19 popocas capturados, 1 morreu, tendo sido fisgado com isca de meia-água.

Todas as mortes ocorreram por ferimentos na garganta ou na guelra.

As mortes ocorreram entre 5 e 15 minutos após a captura em quatro peixes. 

O quinto sobreviveu ainda por duas horas.

Quem quiser ter acesso ao trabalho completo, o link é: www.scielo.br/pdf/aa/v44n4/13.pdf


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