30 de maio de 2017

Mulheres rurais participam da Oficina de Processamento de Pimenta


A produtora rural Teresa Alves cultiva pimenta no Assentamento Rural Barra do Marco, município de Pontes e Lacerda (448 km a Oeste de Cuiabá). Ela possui mais de 70 canteiros e 10 variedades diferentes com o plantio de pimenta malagueta, biquinho, dedo de moça, cheiro, bodinho, doce, e outras. Para evitar perdas e aumentar o orçamento da família, a produtora participou da Oficina de Processamento Artesanal de Pimenta, realizada pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). O evento contou com a participação de 15 mulheres rurais. 

Conforme a produtora, a oficina mostrou como fazer pimenta em conserva, desidratada na forma de pó, geleia, doce e vários tipos de molhos líquidos. Ela explica que queria aprender a fazer molho de pimenta, pois quando produzia estragava muito rápido. Hoje, com as instruções e boas práticas de produção, garante que o molho terá uma validade de três meses ou mais. A produtora vende a maior parte da produção in natura. A mais procurada é a pimenta bode, que custa em média R$ 15 o quilo. 
Outra forma de produzir pimenta abordada na oficina foi a desidratada. Segundo Teresa, essa é também muito interessante e fica com sabor picante na comida. A produtora também planta hortaliças, como vagem, quiabo, abobrinha, e etc. “Aprendi a fazer vários tipos diferentes de produtos e acredito que isso vai agregar valor às vendas e evitar as perdas com o amadurecimento rápido das pimentas”, declara. 
A extensionista da Empaer, Maria dos Remédios Vieira de Sousa, informa que o objetivo da oficina foi aproveitar artesanalmente todos os nutrientes e potencialidades das variedades existentes de pimenta, e também incentivar o plantio. Ela destaca que a produção de pimentas de boa qualidade é fundamental para o processamento de produtos de qualidade. “Esse produto se deteriora com muita rapidez, podendo causar grandes perdas”. 
Para evitar prejuízos, uma saída para as produtoras é a fabricação de molhos, conservas e geleias. Essa atividade agrega valor à produção e aumenta a renda. Conforme Maria dos Remédios, o processamento de pimenta é fácil e prático, mas como todo produto artesanal, exige muito cuidado na produção e princípios básicos de limpeza e desinfecção. A oficina orientou as produtoras desde a seleção, lavagem, branqueamento, pasteurização, resfriamento, armazenamento e outros procedimentos. 
A extensionista enfatiza que outro fator que interfere na qualidade do produto é a aparência, que exerce papel fundamental na decisão de compra do consumidor, uma vez que é por meio da observação que o consumidor seleciona, escolhe e consome o alimento. Produtos com características sensoriais inadequadas são rejeitados. “As pimentas são especiarias e representam boa parte do segmento de condimentos, temperos e conservas. Além de dar um sabor especial às preparações de alimentos”, esclarece. 
A oficina foi realizada no Assentamento Barra do Marco, na área da produtora rural Rosangela Guedes Santos. Foram três dias de oficina no mês de março. 

Fonte: Rosana Persona (jornalista da Empaer)

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