8 de novembro de 2022

Produtor apresenta propriedade a técnicos da Empaer

 


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Eles estão analisando o potencial turístico da comunidade de Água Branca, em Chapada dos Guimarães, região rica em belezas naturais e produção agrícola

Maricelle Lima Vieira | Assessoria Empaer 

Quinzim mostrando a Lagoa Encantada que ele acredita ser um ninho de sucuri - Foto por: Empaer
Quinzim mostrando a Lagoa Encantada que ele acredita ser um ninho de sucuri
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O produtor Joaquim Franco da Silva, 75 anos, o popular Quinzim, está animado com o processo de formatação, estruturação e qualificação do turismo rural,  desenvolvido pela Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural) junto aos moradores da comunidade Água Branca, em Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá). Na semana passada, os técnicos da Empaer, Elienai Correa e Geraldo Lucio Donizete, fizeram uma visita técnica na propriedade para inseri-la no catálogo da iniciativa.

A Fazenda Morro do Prumo tem 3,5 mil hectares, é rica em belezas naturais, com córrego, riacho, pesqueiro, morros, cânions e floresta, além de 20 quilômetros de margem com acesso ao lago de Manso.  “Sei que conheço apenas 10% de tudo que a propriedade tem a oferecer para o turista. É uma região muito bonita e com uma riqueza natural impressionante”.

Quizim conta que comprou a propriedade há 10 anos e, desde então, vem explorando a área. “Sei que o Morro do Prumo tem sua história contada em um cartaz no Aeroporto Marechal Rondon. Anos atrás, ele servia de marco de localização para pilotos. Na mesma área, ainda existem marcas na estrada, da época da escravidão e de quando os povos originários e ribeirinhos utilizavam-na, seja a cavalo ou a pé, indo ou voltando de Cuiabá. A região tem muitas histórias e lendas”, destaca.

Equipe da Empaer, “seo” Quinzim e, ao fundo, o Morro do Prumo      Foto: Empaer

Uma delas é o Córrego Molha a Cela, que dá acesso à Lagoa Encantada. No local, as comitivas a cavalo passavam e molhavam a cela, por isso, o nome. Já Lagoa Encantada, foi a denominação escolhida por Quizim, que defende ser o local misterioso e cheio de segredos. “Esta lagoa é muito profunda e, comenta-se, seria um ninho de cobra sucuri, pois há muitas por aqui. Já pegamos elas comendo galinha, cachorro, bezerro, porco e até vacas”, conta Quinzim.

Para Elienai Correa, a visita reforça o grande potencial da propriedade. Ela destaca a área de floresta, com vários exemplares de Cedro Rosa, muitos acima de 40 metros de altura, além das dezenas de buritis e outras plantas nativas da floresta amazônica. “Já tenho até o slogan. Um pouco da floresta amazônica, cerrado e pantanal em um único lugar. Estou encantada com tudo que vi e o quanto o turismo rural irá agregar em renda para os moradores da comunidade Água Branca”.

Geraldo Donizete Lucio, por sua vez, explica que, como em outras propriedades, a Fazenda Morro do Prumo vai precisar de algumas intervenções e reformas para se adequar ao processo de formatação, estruturação e qualificação do turismo rural. 

“A receptividade do Quizim já é um atrativo para o turista. Ele tem muita disposição e paciência para apresentar o potencial da sua propriedade. É realmente um local com vários produtos a serem explorados. Em uma breve visita, já identificamos vários perfis de turista, desde o observador de aves até o pescador”.

Segundo o técnico da Empaer, os trabalhos continuam e, na próxima reunião com os moradores, em data a ser definida, serão apresentados os possíveis potenciais a serem explorados e os investimentos necessários, preparando as propriedades para receber os visitantes. “É um trabalho técnico, que precisa de tempo e disposição. Sem a colaboração dos moradores, nada disso seria possível. A comunidade está na expectativa de ver a região sendo conhecida e valorizada pelas suas belezas naturais e receptividade”.

A técnica Elienai abraça um cedro rosa, com mais de 40 metros de altura          Foto: Empaer

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