ecoturismo
Por Edilaine Moraes, Especial para Plurale
Pesquisadoras brasileiras afirmam que propostas de turismo de base comunitária se diferenciam dos padrões massificados do turismo. Desde a década de 1990, a prática do turismo de base comunitária tem sido uma alternativa para a inclusão de povos e comunidades de regiões rurais e urbanas, como favelas. Mas essa prática não objetiva apenas receber turistas e gerar renda local, busca também valorizar os modos de vida de povos e comunidades, com o compromisso de justiça, solidariedade e participação social, promovendo uma relação dialogal entre visitantes e comunidades anfitriãs.
A partir da Teoria Ator-Rede de Bruno Latour, foi possível refletir sobre o turismo de base comunitária como uma rede de atores em ação, compreendendo o movimento de construção e reconstrução dessa prática permeada também por controvérsias. Estudar os grupos de turismo comunitário implica reconhecer as suas relações com a terra, o mar, a agricultura, a pesca e o artesanato, entre outras práticas que mobilizam ações no contexto local. A dinâmica do turismo de base comunitária é influenciada, também, pelos interesses e iniciativas de organização não governamental, movimentos sociais, universidades, órgãos da gestão pública, agências e operadoras de viagens, entre outros atores.
Com base em uma perspectiva antropológica, a pesquisa se desenvolveu em constante diálogo com diferentes saberes. Dessa forma, o turismo de base comunitária constitui uma fonte inspiradora de alternativas diante das desigualdades sociais existentes, bem como da condição estratégica de sociobiodiversidade e riqueza cultural do país.
Para saber mais, acesse o artigo completo:
Edilaine Albertino de Moraes, Marta de Azevedo Irving, Rosa Maria Leite Ribeiro Pedro e Elizabeth Oliveira. Turismo de base comunitária à luz da teoria ator-rede: novos caminhos investigativos no contexto brasileiro. Revista Crítica de Ciências Sociais, 122|2020. URL: http://journals.openedition.org/rccs/10761
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