18 de abril de 2015

TRILHAS SEM PLANEJAMENTO PODEM CAUSAR IMPACTOS AMBIENTAIS, NAS CAMINHADAS NA NATUREZA

 Trilha com acesso íngreme, dificuldade de se subir, comunidade Quilombola Morro Cortado
 Trilha com acesso íngreme, dificuldade de se  subir, comunidade Quilombola Morro Cortado
Passarela sobre trilha com alto grau de dificuldade para se passar
àrea úmida - Assentamento Rio Vermelho - Rondonópolis
TRILHAS OU CIRCUITOS DE CAMINHADAS NA NATUREZA


Caminhadas em trilhas ou circuitos proporcionam: 

Atividade física, 

Percepção ambiental, 

Contato com a natureza 

E aprendizado,

(Através de sinalizações interpretativas ou informações de guias.)



No entanto, o uso das trilhas pelos visitantes pode provocar alteração e destruição dos habitats da flora e fauna

Fuga de algumas espécies animais;

Erosão; 

Alteração dos canais de drenagem,

Compactação do solo pelo pisoteio

E a redução da regeneração natural de espécies vegetais. 



As perturbações resultantes das atividades em áreas naturais tem sido denominadas genericamente como impactos ecológicos ou ambientais

O termo impacto faz referências às mudanças não desejáveis que acontecem no meio ambiente como conseqüência do uso.


Com base no exposto, o objetivo principal aqui é apresentar os principais impactos ambientais físicos e biológicos observados nas trilhas Além de orientar sobre os impactos, ocorridos ao longo das trilhas. 

Devemos levar em consideração a realidade de cada local: (futura trilha) 

Avaliar o nível de interferência , que as trilhas irão apresentar,

Proceder a caracterização ambiental usando como suporte a observação direta, anotações de campo e fotografias das áreas a serem impactadas;

Levantar os pontos, ao longo das trilhas, georeferenciados por receptor GPS;

Identificar, em cada ponto, impactos físicos e biológicos; 

Trechos com problemas de erosão, alagamento, condições de acessibilidade (média e ruim);

Medir com utilização de trena,

Contabilizar os pontos com problemas, 

Dividir as trilhas em seções,

Os pontos do início ao término marcar com GPS. 

Dentro de cada seções observar os impactos físicos:

Pontos de alagamentos,

Pontos de erosão, 

Áreas com solo exposto, 

Solo compactado, 

Estreitamentos, 

Bifurcações, 

Serras, morros, áreas com subidas ou descidas,

E afundamentos de trilha. 

Dentro de todas as seções observarem também impactos biológicos:

Existência de raízes arbóreas expostas,

Árvores danificadas,

E presença de espécie exótica de gramínea 

A presença de animais silvestres,

Para estimar o tempo gasto no percurso nas trilhas:

Utilizar um cronômetro


IMPORTANTE OBSERVAR QUE:
Os solos e a vegetação são fortemente afetados ao logo das trilhas, caminhos, áreas de acampamento e outros lugares onde o uso é concentrado. 

Os solos sofrem mudanças nas suas propriedades físicas, químicas e biológicas, podendo ser fortemente erodidos ou compactados. 

As plantas sofrem danos nas suas estruturas e/ou morrem, havendo redução na abundância e mudanças na composição da comunidade, com algumas espécies desaparecendo e outras podendo ser favorecidas 

Com o aumento do fluxo de turistas, as atividades desenvolvidas em áreas protegidas requerem planejamento e estudo para o manejo dos visitantes. 

Além disso, é essencial a determinação e o monitoramento dos impactos produzidos pela prática do turismo, bem como a definição de limites de uso. 

É primordial que esteja bem definida a perspectiva de preservação e sustentabilidade focada no turismo, aliando crescimento e minimização de impactos ambientais.

Os impactos ecológicos ou ambientais podem ser classificados em duas categorias:

Os relacionados ao planejamento.

E os relacionados ao visitante. 

Problemas de drenagem e nas vias de acesso (pontes e degraus) mal conservadas 

Erosão, devido ao incorreto planejamento, 

E falta de manejo e manutenção das trilhas. 

A compactação do solo, devido ao pisoteio intenso 

Abertura de novas trilhas,

Erosão pelo desgaste do solo com a caminhada relacionados ao uso pelas pessoas.

Os problemas de erosão podem acontecer em terrenos com pouca ou nenhuma declividade, devido à maior dificuldade na drenagem, provocando também o aumento da largura das trilhas e a criação de trilhas alternativas, devido à tendência das pessoas saírem da trilha principal pela dificuldade ao caminhar.


Conclusão:
É fundamental o papel da pesquisa básica, quantificando e apontando os impactos nos diferentes recursos, fornecendo dados para a seleção de indicadores e padrões adequados de uso recreativo dos recursos naturais e monitoramento da área natural protegida. 

Para tanto, é de primordial importância estabelecer a relação entre impactos do uso público, comportamento dos visitantes e estratégias de manejo. 

Bem como a promoção de uma restauração ecológica de ambientes degradados, de modo a estabelecer a integridade do ecossistema e sua auto-sustentabilidade.
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Orienta-se procurar profissionais especializados para se definir e traçar trilhas, principalmente em áreas sensíveis.

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