25 de agosto de 2014

A Pepsi aposta no caju

Distrito de Ratnagiri, Índia – Quando começa a colheita de caju, os pomares nestas exuberantes colinas ficam cobertos por um brilhante tapete amarelo, laranja e vermelho que surge depois que os agricultores retiram a castanha e jogam o restante no chão. Ali, os cajus rapidamente apodrecem – exceto por alguns usados na preparação de uma aguardente local, chamada feni, muito popular no estado vizinho de Goa.

Distrito de Ratnagiri, Índia – Quando começa a colheita de caju, os pomares nestas exuberantes colinas ficam cobertos por um brilhante tapete amarelo, laranja e vermelho que surge depois que os agricultores retiram a castanha e jogam o restante no chão. Ali, os cajus rapidamente apodrecem – exceto por alguns usados na preparação de uma aguardente local, chamada feni, muito popular no estado vizinho de Goa.

Nesta estação, porém, o tapete será mais fino – pois a Pepsi está apostando que o doce suco dos cajus pode ser a próxima água de coco ou suco de açaí.

"Os sucos de coco, romã e limão são populares, mas a acessibilidade está se tornando um grande problema", declarou V.D. Sarma, vice-presidente de contratos globais da PepsiCo India. "Assim, estamos sempre buscando novas fontes de suco locais para ajudar a reduzir os preços para nós e para os consumidores".

O exigente grupo demográfico conhecido como a geração do milênio, além de novos consumidores entre a classe média emergente do mundo todo, possui um apetite insaciável que vem levando empresas alimentícias a experimentar em grande escala com sabores e ingredientes cujo apelo, até recentemente, era principalmente local.

A quinoa, um grão rico em proteína que era a base da dieta pré-colombiana nos Andes, está atualmente em falta, graças à demanda global. A chia, semente rica em ácidos ômega-3, pode ser encontrada em tudo – de vitaminas a bolinhos.

A partir do próximo ano, o suco de caju entrará numa bebida mista de frutas vendida na Índia sob a marca Tropicana, substituindo sucos mais caros como maçã, abacaxi e banana. Eventualmente, a empresa espera acrescentar o caju em bebidas no mundo todo.


Prashanth Vishwanathan/The New York Times
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