28 de janeiro de 2013

Biojóias do Cerrado chegam à Exportação

Segue notícia extraída do site do SEBRAE-Bahia sobre a expansão dos negócios das mulheres do Assentamento Rio de Ondas, único localizado no município de Luiz Eduardo Magalhães. Essas guerreiras já participaram de várias edições da Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária com grande êxito, apresentando suas bio jóias de sementes do cerrado e de capim dourado. Esse último já foi até motivo de disputa judicial com artesãos do Tocantins que achavam que só naquele estado existia essa planta. Aí, um grande item para a produção associada ao turismo que pode estar em qualquer lojinha de hotel fazenda, de hotéis urbanos, etc, desde que seja praticado um preço justo e divulgada a comunidade, que aos poucos vai se abrindo para a visitação turística. Parabéns a todas, à Prefeitura e ao SEBRAE local. 

Trabalho das mulheres do Assentamento Rio de Ondas melhora a qualidade de vida das famílias

Sílvia Torres
As artesãs recebem encomendas de todo o País e do exterior
Região marcada por veredas e inspiradora para quem mora no local. É esse o ambiente do Assentamento Rio de Ondas, zona rural de Luís Eduardo Magalhães. E é na Vila Quatro da liocalidade que funciona a Associação Caliandra Artesãos do Cerrado e Agricultura Familiar.
Já são sete anos da associação que reúne 28 artesãos, a maioria mulheres. Elas aproveitam sementes do Oeste da Bahia, como do buriti e jatobá para fazer biojóias, como colares, brincos, pulseiras. O capim dourado também é usado no artesanato para confecção de chapéus e relógios. Tudo vem da terra e é reinventado pelas mãos das artesãs.
A associação tem sede própria e conta com equipamentos que dão agilidade e precisão ao trabalho, conquistas obtidas graças a empréstimos. A credibilidade que as artesãs têm no mercado, junto aos bancos, facilita o ingresso em programas de linha de crédito.
Com o nível profissional que atingiram, as artesãs passaram a receber mais encomendas. Consequentemente, a renda de cada associada melhorou e as mulheres do assentamento hoje têm participação ativa na renda familiar.
A presidente da associação, Nice Costa, conta que vem investindo no bem-estar da família. “Com o que venho ganhando na associação, compro eletroeletrônicos, melhoro a alimentação em casa. Até comprei duas vaquinhas para minha propriedade”, comemora.
As encomendas que as artesãs recebem vêm de cidades da Bahia, de outros estados do país e do exterior, de países como Japão, África do sul e Inglaterra. Há grandes promessas para este ano de 2013. A coordenadora de atividades artesanais, em Luís Eduardo Magalhães, Rosa Schwanke, conta que como as artesãs também são da agricultura familiar foi negociado com a prefeitura para que elas forneçam a merenda das escolas municipais. “Elas têm ampliado a variedade de produtos oferecidos e também trabalham com alimentos. É mais um serviço agregado".

Sílvia Torres
Além da produção do artesanato, a associação vai fornecer a merenda escolar para as escolas municipais
Hoje, as artesãs têm o produto bem padronizado. Desde a fundação, contam com a parceria do Sebrae. Para chegar ao atual design dos produtos, elas tiveram o acompanhamento de uma consultora do Sebrae que identificou as sementes da região como matéria prima e definiu o que poderia ser produzido a partir dos produtos da terra.
Para o coordenador do Sebrae em Barreiras, Emerson Cardoso, as capacitações oferecidas vão desde a padronização dos produtos ao controle do capital e aprimoramento das técnicas de comercilaização. “O contato com a consultoria do Sebrae proporciona conhecimento e incentiva as participantes a aperfeiçoarem as peças produzidas e a relação com o mercado consumidor".
A fama da qualidade tem feito a associação participar de feiras e desfiles importantíssimos. A artesã Josefa Oliveira sente-se orgulhosa de poder apresentar o que faz com as próprias mãos em eventos de destaque nacional. “Quem compra nossos produtos se encanta também pelo valor cultural que possuem e isso só nos estimula a levar nossa arte a lugares cada vez mais distantes.”
A artesã Susana é a mais nova da turma. Deixou pra trás a profissão de pizzaiola e foi trabalhar em uma fazenda perto do assentamento; lá conheceu o trabalho da associação. “Percebi que posso crescer bastante trabalhando associada.”
A disposição para o trabalho e a coragem para enfrentar a burocracia e quaisquer adversidades são consideradas fundamentais para o crescimento econômico do assentamento. O desenvolvimento tem chegado pelas mãos dessas mulheres. São elas que negociam, saem pelo assentamento à procura de matéria prima, conseguem crescimento profissional e oferecem mais conforto às famílias.

Agência Sebrae de Notícias Bahia
(71) 3444-6808/3320-4558 / 9222-1612 /9174-9142
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800

Fonte - Alberto Viana

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