dezembro 14, 2025
O desmatamento, a destruição de biomas e as mudanças climáticas estão interligados: o desmatamento libera gases de efeito estufa, intensifica as mudanças climáticas e destrói a biodiversidade. A perda de florestas reduz a capacidade do planeta de absorver dióxido de carbono e altera os ciclos de chuva e temperatura, levando a eventos climáticos extremos como secas e enchentes.
Vale aqui destacar que o desmatamento é a remoção total ou parcial da cobertura vegetal nativa para fins como:
- Agropecuária (principal causa no Brasil);
- Mineração;
- Expansão urbana;
- Construção de estradas e infraestrutura;
- Exploração ilegal de madeira.
Com consequências principais para:
- Redução da biodiversidade.
- Perda de serviços ecossistêmicos (ciclo da água, fertilidade do solo).
- Emissão de grandes quantidades de CO₂ pela queima e decomposição da vegetação.
- Desequilíbrio hídrico e maior risco de secas e enchentes.
Já a destruição ou degradação de biomas ocorre quando um ecossistema perde suas características essenciais devido a atividades humanas intensas. E segue os biomas brasileiros mais afetados:
- Amazônia – desmatamento por pecuária, garimpo e grilagem.
- Cerrado – avanço agrícola para soja e pecuária.
- Mata Atlântica – urbanização e monoculturas.
- Pantanal – queimadas e hidrelétricas.
- Caatinga – desmatamento para lenha e desertificação.
Com sérios impactos na: 1. Extinção de espécies; 2. Fragmentação de habitats; 3. Perda de culturas tradicionais e modos de vida de povos originários e; 4. Redução da capacidade natural do planeta de capturar carbono.
E consequências globais: 1. Aumento da temperatura do planeta; 2. Redução da disponibilidade de água doce; 3. Perda de produtividade agrícola; 4. Crises humanitárias e conflitos por recursos e; 5. Risco crescente de pandemias devido ao contato humano com áreas selvagens devastadas.
Com esses impactos específicos:
- Brasil: O desmatamento é o principal setor emissor de gases do efeito estufa no Brasil, superando transporte e indústria. A Amazônia, por exemplo, funciona como um “ar condicionado mundial”, e sua degradação impacta os regimes de chuva em diversas regiões do país.
- Outros riscos: A destruição de habitats pode aproximar a vida selvagem e humana, aumentando o risco de doenças zoonóticas, como Ebola.
- Saúde humana: O desmatamento e o aumento da temperatura tornam o trabalho em áreas abertas mais perigoso, devido à exposição a temperaturas elevadas, pesticidas e maior absorção de químicos pelo corpo.
Algumas soluções possíveis:
Governamentais:
- Fiscalização ambiental eficaz;
- Áreas protegidas;
- Políticas de incentivo à preservação;
- Rastreabilidade de cadeias produtivas (carne, soja, madeira).
Tecnológicas:
- Monitoramento via satélite;
- Reflorestamento e restauração ecológica;
- Agricultura de baixo carbono.
Individuais:
- Consumo consciente;
- Apoio a produtos certificados;
- Pressão política por ações ambientais.
E volto a dizer: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer” (Geraldo Vandré: Para não dizer que não falei das flores).
Eduardo Cairo Chiletto

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