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9 de março de 2025

Uma Reflexão Sobre a Neutralização do Carbono e Educação Ambiental nas Mudanças Climáticas.


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Créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissões (RCE) são certificados emitidos para uma pessoa ou empresa que reduziu a sua emissão de gases do efeito estufa (GEE).

A preocupação com o meio ambiente levou os países da Organização das Nações Unidas (ONU) a assinarem um acordo que estipulasse controle sobre as intervenções humanas no clima. Este acordo nasceu em dezembro de 1997 com a assinatura do Protocolo de Kyoto. Desta forma, o Protocolo de Kyoto determina que países desenvolvidossignatários, reduzam suas emissões de gases de efeito estufa.

Entender se uma empresa está fazendo a coisa certa para o clima pode parecer complicado. Podemos simplificar isso perguntando: se todas as empresas agissem dessa forma, resolveríamos a crise climática?

Se a resposta for não, então a empresa precisa mudar suas ações até que sejam compatíveis com nossa jornada em direção a um mundo sem emissões de gazes do efeito estufa.

Se concordarmos que cada empresa deve contribuir de forma justa para nossa jornada coletiva rumo ao carbono global, então elas devem contabilizar e tomar medidas para reduzir todas as suas emissões. Isso inclui o escopo 1 (emissões diretas que são de propriedade ou controladas por uma empresa), escopo 2 (emissões que uma empresa causa indiretamente a partir da energia que ela compra e usa) e escopo 3 (emissões que não são produzidas pela própria empresa, mas por aquelas pelas quais ela é indiretamente responsável, para cima e para baixo em sua cadeia de valor).

Entretanto: A Polícia Federal deflagou no início do mês 05/06 no ano de 2024, uma operação para combater vendas irregulares de crédito de carbono na Amazônia.

A organização criminosa é suspeita de vender ilegalmente R$ 180 milhões de créditos de carbono de áreas de União invadidas ilegalmente

A Polícia Federal cumpriu cinco mandatos de prisão preventiva  e 76 mandatos de busca e apreensãonos estados de Rondônia, AmazonasMato GrossoParaná, Ceará e São Paulo.

ONGS INTERNACIONAIS PEDEM FIM DE CRÉDITOS DE CARBONO.

Segundo publicação da Revista Amazônia: Mais de 80 ONGs internacionais, incluindo Greenpeace, Anistia Internacional e Oxfam, publicaram uma carta conjunta pedindo o fim das compensações de emissões de gases do efeito estufa com créditos de carbono. Afirmam que esta prática conhecida como offsetting desviam o foco dos cortes reais de emissões e atrapalham a luta contra a mudança do clima “minando” os esforços globais contra a mudança do clima.

ONU CRITICA USO DE CRÉDITOS DE CARBONO.

Segundo RESET: As críticas feitas pela força-tarefa da ONU reforçam uma preocupação existente do mau uso dos créditos pelas companhias que, não raro, optam por pagar pelos créditos em vez de elaborar um plano de mitigação de emissões, que podem envolver um volume robusto de investimentos e conhecimento de novas tecnologias.

A terra está passando por grandes mudanças e o foco para a neutralização do carbono está principalmente vinculado, por alguns que possuem interesse, ao valor monetário, mas deveria estar vinculado ao cumprimento das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODSconectado à EDUCAÇÃO como forma de saber e da conscientização mundial.

Vale novamente ressaltar que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são um plano global de ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e promover a paz e a prosperidade

Volto a dizer:

Precisamos conscientizar os governantes que a transformação está relacionada à EDUCAÇÃO. A educação é a melhor estratégia para mudar o mundo.

Ela é capaz de conscientizar e transformar a vida das pessoas, tanto na prospecção de um futuro melhor, quanto na elevação do próprio ser social, garantindo que esse tenha conhecimento para absorver, interpretar e discorrer sobre a vida, em especial neste caso, as mudanças climáticas, inclusive na capacidade de garantir uma característica de reflexão nas pessoas.

Acredito, que todos gostariam de deixar um legado para seus filhos, e para os filhos dos seus filhos, um mundo melhor para eles. E o caminho para chegarmos lá além do Protocolo de Kyoto e dos “créditos de carbono”, a meu ver, está principalmente na EDUCAÇÃO com a conscientização que toda a humanidade em todas as partes do planeta precisa ter e que vai dos gestores públicos, dos grandes empresários aquela dona de casa moradora da zona rural ou da periferia das nossas cidadesdas favelas/cortiços.

Como está na letra da canção dos Titãs (Enquanto Houver Sol):

“Quando não houver saída
Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma ideia vale uma vida…”

Segundo o Vatican News: Em 2021, a exposição à poluição atmosférica esteve associada a mais de 700.000 mortes de crianças menores de cinco anos, aliás, todos os dias, quase 2.000 crianças abaixo desta idade morrem devido aos impactos da poluição atmosférica na saúde, afirmou Kitty van der Heijden, diretora-geral adjunta do UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância.

As mudanças climáticas ameaçam a saúde e a vida de crianças, e estão associadas a mortes infantis. Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, o aumento da temperatura mínima diária acima de 23,9°C aumenta o risco de mortalidade infantil. E as pressões climáticas ou de desastres ambientais tendem a agravar situações de crianças e adolescentes que vivem em contextos de vulnerabilidade social. Assim como eventos climáticos extremos, como enchentes, secas e tempestades, interrompem as rotinas escolares, causando perda de materiais e abalos estruturais, afetando a educação.

É claro que os mais afetados são os mais pobres, do Brasil e do mundo. Mas juntos, podemos combater as mudanças climáticas adotando hábitos sustentáveis, apoiando políticas públicas e engajando-nos em ações coletivas. Fazendo escolhas que protejam o planeta e as gerações futuras, construindo um futuro mais verde e sustentável para todos.

Vale ressaltar que o Brasil está comprometido com a Agenda 2030, que define 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O ODS 13 propõe medidas urgentes para combater as alterações climáticas com sua metas. E no nosso país, as mudanças climáticas já são uma realidade e têm feito muitas vítimas.

E para resolver a crise climática, é preciso reduzir as emissões de gases de efeito estufa e capturar carbono da atmosfera. Isso pode ser feito por meio de ações individuais, governamentais e empresariais

Lembrando que a educação ambiental é uma ferramenta importante para conscientizar a população sobre as mudanças climáticas e a necessidade de neutralizar o carbono. A educação contribui para formar cidadãos mais participativos em relação a questões socioambientais. Pode ser realizada nas escolas, como matéria independente ou transversal no currículo e pode estimular a curiosidade dos jovens sobre o mundo natural e a preocupação pela saúde do planeta.

Volto a dizer: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer” (Geraldo Vandré: Para não dizer que não falei das flores).

Eduardo Cairo Chiletto

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