12 de julho de 2022

A maioria dos elefantes do mundo – mais de 400 mil – vivem em África, e Botsuana é o país com a maior população de elefantes africanos.

 

A vida se renova

Ao passarmos rápido os olhos pela imagem, podemos pensar que estamos diante de um pântano comum, mas o Delta do Okavango, na nação africana do Botsuana, é um autêntico milagre da natureza. 

Ao contrário da maioria dos deltas, o de Okavango não desemboca no mar ou no oceano, mas no meio da savana. 

Esse elefante – e muitos outros animais africanos em que você possa vir a pensar – se beneficia muito dessa área pantanosa. 

Ela aparece anualmente quando o delta triplica de tamanho, entre março e julho, quando as chuvas dos planaltos de Angola percorrem mais de 1.200 km até inundar a árida savana do noroeste de Botsuana. 

A vida selvagem atraída por essa água sazonal inclui leões, leopardos, guepardos, rinocerontes, girafas, zebras, hipopótamos, gnus, hienas, crocodilos, impalas e, é claro, elefantes, os maiores animais terrestres do planeta.

A maioria dos elefantes do mundo – mais de 400 mil – vivem em África, e Botsuana é o país com a maior população de elefantes africanos. 

A maioria deles é de elefante-da-savana ou elefante-africano. 

Eles são maiores que seus primos, os elefantes-da-floresta, que moram na bacia do Congo. 

Os elefantes-da-savana têm costas côncavas e suas presas são curvadas para fora, ao contrário dos elefantes-da-floresta, que têm costas e presas retas. 

Ambos estão ameaçados pela perda de habitat e pela caça. 

Sua população hoje é de cerca de um décimo do que era no auge do século passado. 

A Reserva de Caça de Moremi – apesar do que o nome possa dar a entender à primeira vista, é uma área de proteção – ocupa boa parte do delta. 

O restante é protegido por um mosaico de outras áreas de preservação.

Em 2014, o Delta de Okavanga entrou para a lista de patrimônios mundiais. 

Estima-se que a quantidade de água que enche o delta seja de quase 11 km³. 

Eventualmente, boa parte dessa água irá evaporar, será consumida ou absorvida e o delta irá voltar a se parecer mais com a savana à sua volta. 

Pelo menos até às próximas chuvas.

 


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