27 de junho de 2022

Rota de Marechal Rondon - Circuito Capim Branco - Município de Campo Verde - Mato Grosso Brazil


 Museu Rondon em Capim Branco -  resgate da antiga sede do Correio e Telégrafos
 Marechal Rondon

 Rondon com Índio
Foto de peça de tijolo da antiga sede do Correio e telégrafos
Igreja
Casario ainda existente no Capim Branco 

Capim Branco,  rota de Marechal Candido Rondon, no Município de Campo Verde, conheçam um pouco da história deste local. Vale a pena ´particiapar desta caminhada

O primeiro núcleo de povoamento no território campo-verdense foi no Capim Branco, que se localiza à 20 Km da sede do município, via MT 344, que liga Campo Verde a Dom Aquino, posteriormente denominado Coronel Ponce, em homenagem ao cel. Generoso Paes Leme de Souza Ponce (Cuiabá, no dia 10 de julho de 1852 – Rio de Janeiro, 7 de novembro de 1911), jornalista e político que governou o Estado no início do século XX. A denominação Capim Branco foi à primeira, sendo que até os dias de hoje, os mais antigos moradores se referem ao lugar por este nome. Capim Branco foi povoado por uma grande quantidade de famílias que viviam da pecuária e agricultura.

Ainda é possível encontrar no distrito, casas centenárias, construídas em adobe e madeira e que contam parte da história. Além das construções históricas, Coronel Ponce tem um grande potencial turístico como rios, cachoeiras, corredeiras, morros, grutas e um pequeno sítio arqueológico com inscrições rupestres de mais de 4,5 mil anos.

Tradição e devoção da região

Inicialmente eram celebradas missas na casa dos moradores, até construírem a capela do povoado na década de 90, o Santo Padroeiro da região é São Sebastião.

Antigamente até os dias de hoje são feitas festas tradicionais na região do Capim Branco como a Festa do Divino e a Festa de São Sebastião.

A festa de Divino é uma festa que acontece no mês de Junho. Já a festa de São Sebastião o padroeiro da região é uma tradição que surgiu no próprio povoado na 1° década do século XX. A história da tradição da festa de São Sebastião é que antigamente naquela região havia uma escrava que era a parteira e curandeira do povoado e que quando deu àquela crise da febre amarela, ela jurou para São Sebastião que se ele não deixasse vir essa febre para o povoado ela iria fazer uma festa em homenagem a ele todos os anos, dando comida de graça a todos. Quando ela morreu, deixou para um menino que morava na região continuar a tradição, mas como ele não se interessou muito, outras pessoas como a família dos Borges, Albuquerque, Oliveira, todos que moravam e moram ali na região, acabaram se unindo e continuaram a tradição, que acontece todos os anos em Janeiro.

Igreja de Capim Branco Padroeiro São Sebastião - dec. 90. A igreja foi construída pelos próprios moradores da região.

Primeira estação telegráfica construída por Rondon

Foi no povoado de Capim Branco (Coronel Ponce) em 1896, que se estabeleceu a primeira estação de telégrafo do Estado de Mato Grosso. Essa estação atendia a toda região próxima ao povoado, recebendo e enviando telegramas, além de cartas. O principal responsável pela construção foi Cândido Mariano da Silva Rondon, nascido em Mimoso (hoje mais conhecido como Santo Antônio do Leverger), no estado do Mato Grosso, no dia 5 de maio de 1865.

Filho de Cândido Mariano da Silva e Claudina de Freitas Evangelista da Silva. Perdeu os pais ainda menino e foi criado em Cuiabá por um tio, cujo sobrenome era - Rondon - Cândido Mariano adotou o sobrenome do tio anos mais tarde, com autorização do Ministério da Guerra.

Tornou-se professor primário pelo Liceu Cuiabano, de Cuiabá, antes de continuar seus estudos no Rio de Janeiro. Em 1881, entrou para o Exército e dois anos depois para a Escola Militar da Praia Vermelha (RJ). Em 1886 ele foi encaminhado à Escola Superior de Guerra e assumiu um papel ativo no movimento pela proclamação da República. Por meio de exames prestados em 1890, graduou-se como bacharel em Matemática e em Ciências Físicas e Naturais. Foi aluno de Benjamim Constant, e a ideologia positivista o guiou por toda a sua vida.

Em 1889, Rondon participou da construção das Linhas Telegráficas de Cuiabá, assumindo a chefia do distrito telegráfico de Mato Grosso, e foi nomeado professor de Astronomia e Mecânica da Escola Militar, cargo do qual se afastou em 1892. Desde então, chefiou várias comissões para instalar linhas telegráficas no interior do Brasil, identificadas, genericamente, pelo nome de Comissão de Construção de Linhas Telegráficas e Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas, mais conhecida como Comissão Rondon.

Igreja de Capim Branco Padroeiro São Sebastião - dec. 90. A igreja foi construída pelos próprios moradores da região.

Primeira estação telegráfica construída por Rondon

Foi no povoado de Capim Branco (Coronel Ponce) em 1896, que se estabeleceu a primeira estação de telégrafo do Estado de Mato Grosso. Essa estação atendia a toda região próxima ao povoado, recebendo e enviando telegramas, além de cartas. O principal responsável pela construção foi Cândido Mariano da Silva Rondon, nascido em Mimoso (hoje mais conhecido como Santo Antônio do Leverger), no estado do Mato Grosso, no dia 5 de maio de 1865.

Filho de Cândido Mariano da Silva e Claudina de Freitas Evangelista da Silva. Perdeu os pais ainda menino e foi criado em Cuiabá por um tio, cujo sobrenome era - Rondon - Cândido Mariano adotou o sobrenome do tio anos mais tarde, com autorização do Ministério da Guerra.

Tornou-se professor primário pelo Liceu Cuiabano, de Cuiabá, antes de continuar seus estudos no Rio de Janeiro. Em 1881, entrou para o Exército e dois anos depois para a Escola Militar da Praia Vermelha (RJ). Em 1886 ele foi encaminhado à Escola Superior de Guerra e assumiu um papel ativo no movimento pela proclamação da República. Por meio de exames prestados em 1890, graduou-se como bacharel em Matemática e em Ciências Físicas e Naturais. Foi aluno de Benjamim Constant, e a ideologia positivista o guiou por toda a sua vida.

Em 1889, Rondon participou da construção das Linhas Telegráficas de Cuiabá, assumindo a chefia do distrito telegráfico de Mato Grosso, e foi nomeado professor de Astronomia e Mecânica da Escola Militar, cargo do qual se afastou em 1892. Desde então, chefiou várias comissões para instalar linhas telegráficas no interior do Brasil, identificadas, genericamente, pelo nome de Comissão de Construção de Linhas Telegráficas e Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas, mais conhecida como Comissão Rondon.

Componentes da comissão Rondon, ao centro cel. Candido mariano da silva Rondon – inicio do sec. xx

Entre 1900 e 1906 dirigiu a construção de mais uma linha telegráfica, entre Cuiabá e Corumbá, alcançando as fronteiras do Paraguai e da Bolívia. Começou a construir a linha telegráfica de Cuiabá a Santo Antônio do Madeira, em 1907, sua obra mais importante. A comissão do Marechal foi a primeira a alcançar a região amazônica. Ele se destacou pela instalação de milhares de quilômetros de linhas telegráficas interligando as linhas já existentes no Rio de Janeiro, São Paulo e Triângulo Mineiro com os pontos mais distantes do País.

Um esforço de grandes proporções para a integração nacional através das comunicações. Ao mesmo tempo em que realizava o trabalho, Rondon fez levantamentos cartográficos, topográficos, zoológicos, botânicos, etnográficos e lingüísticos da região percorrida nos trabalhos de construção das linhas telegráficas. Registrou novos rios, corrigiu o traçado de outros no mapa brasileiro e ainda entrou em contato com numerosas sociedades indígenas, sempre de forma pacífica. Pela sua vasta contribuição ao conhecimento científico, foi alvo de homenagens e recebeu muitas condecorações de instituições científicas do Brasil e do exterior.

A repercussão da obra indigenista de Rondon valeu-lhe o convite feito pelo governo brasileiro para ser o primeiro diretor do Serviço de Proteção aos Índios e Localização dos Trabalhadores Nacionais (SPI), criado em 1910. Incansável defensor dos povos indígenas do Brasil ficou famosa a sua frase: "Morrer, se preciso for; matar, nunca”. Nesta função, comandou e traçou o roteiro da expedição que o ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, Prêmio Nobel da Paz em 1906, realizou pelo interior brasileiro entre 1913 e 1914, a Expedição Roosevelt-Rondon.

Entre 1919 e 1925, foi diretor de Engenharia do Exército e, após sucessivas promoções por merecimento, chegou a general-de-brigada em 1919 e a general-de-divisão em 1923. Em 1930, solicitou sua passagem para a reserva de primeira classe do Exército e, em 1940, foi nomeado presidente do Conselho Nacional de Proteção aos Índios (CNPI), criado para prestar orientação e fiscalizar a ação assistencial do SPI, cargo em que permaneceu por vários anos. Encaminhou ao presidente da República, em 1952, o Projeto de Lei de criação do Parque Indígena do Xingu.

Costumes das famílias

Entre as famílias pioneiras eram comum o uso do fogão a lenha, de tachos, gamelas e outros utensílios domésticos.

Umas das atividades desenvolvidas eram a agricultura de subsistência, com o cultivo de arroz, feijão, milho, cana-de-açúcar e outros produtos. O trabalho na roça era feito manualmente. Eles também criavam animais.

Em algumas famílias eram comuns as mulheres fiarem algodão para confeccionar redes e peças do vestuário.

O carro de boi – transporte utilizado para levar e trazer mercadorias de Cuiabá dentre outras funções na fazenda. Em média demorava-se 8 dias para ir e retornar de Cuiabá como carro de boi.

O carro de boi - muito utilizado naquela época.

Outra prática comum das famílias pioneiras era a construção de casas de adobes: misturava-se barro e grama e faziam-se tijolos que eram colocados para secar ao sol em caixilhos de madeira. Além disso, as telhas também eram feitas manualmente

Dona Idida, conhecida como Vó Idida, é uma moradora antiga da região. Vó Idida mudou-se para a região do Capim Branco com os pais quando tinha apenas 13 anos de idade. Casou-se com o Sr. Pedro Raimundo de Oliveira, teve 7 filhos mas só 5 estão vivos. Ela lembra que logo que chegou ao povoado do Capim Branco haviam casas que eram cobertas com telhas feitas de madeira que aos poucos foram sendo substituídas por telhas de barro.

Algumas casas eram cobertas com palha seca trançada, que precisava ser trocada em média a cada 3 anos.

Seu tio, Jose Rodrigues Lisboa, foi o primeiro telegrafista da região do Capim Branco.

Jose Rodrigues Lisboa e esposa, primeiro telegrafista da estação telegráfica de Coronel Ponce, nascido em 19 de março de 1875 e falecido em 1948.

Vó Idida, como gosta de ser chamada, quando destruiu sua casa para fazer outra, guardou alguns tijolos, que hoje serve de recordação, de uma vida de muito trabalho, esforço, luta

Vó Idida segurando um dos tijolos da sua antiga casa, esse tijolo foi assinado por Generoso Paes Leme de Souza Ponce.

Burity dos Borges

Burity dos Borges é ponto histórico da região. Na propriedade ainda existe uma casa construída de “adobes”. A casa abrigava diversos cômodos. Não fica muito longe de Capim Branco, sendo o lugar onde os membros da família Borges Fernandes se fixaram.

Esta família, liderada por Diogo Borges, chegou à região na década de 1880, procedente de Uberaba, Minas Gerais - fugiam de perseguições políticas, causadas por idéias monarquistas e republicanas.

Dona Cacilda Leite Fernandes com imagem de Nossa Senhora da Abadia, trazida pelos familiares da região de Uberaba - MG – déc. 90

Do período pioneiro dos Borges Fernandes, destacam-se os nomes de Diogo Borges, Ilédio Pereira Borges, Ulisses Pereira Borges, Zeca Fernandes, Martim dos Santos, Avó Venância, Virgínia Camilo Fernandes, João Acendino da Costa, José Lisboa, D. Maria Leopoldina Moreno, José Antonio de Albuquerque e tantos outros.




Fonte: prefeitura municipal de Campo Verde

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