15 de agosto de 2018

Quilombolas de Mato Grosso já tem visibilidade no Turismo


Produção de rapadura: comunidade Campina de Pedra produz até mil quilos do doce por semana, esta é uma Produção Associada ao Turismo da porteira para dentro e da porteira para fora. No âmbito da procura e da oferta.

A produção Associada ao Turismo expressa oa fazeres e saberes do povo em agroindústria, artesanato e manifestações culturais e podem ser acessado pelos turistas. 

O turismo rural é um dos segmentos que mais cresce em Mato Grosso.

O Estado tem atualmente  110 comunidades negras quilombolas  em 29 municipios, alugumas já  investem neste segmento.

Somente em Poconé, município a pouco mais de 100 quilômetros de Cuiabá, há quatro delas e todas estão trabalhando na estruturação para desenvolver o turismo rural. 

Destas 110 comunidades, pelo menos 19 foram reconhecidas pela Fundação Cultura Palmares. "Este já é um passo a mais e muito importante para a divulgação destes novos atrativos", explica o coordenador de turismo rural, da secretaria de Desenvolvimento do Turismo de Mato Grosso (Seadtur), Geraldo Donizeti Lúcio. 

As comunidades quilombolas da região de Poconé existem há mais de 100 anos, e vivem da agricultura e da fabricação de produtos alimentícios, conservando características tradicionais dos antigos escravos.

Apesar do Estado ter 110 comunidades quilombolas, apenas Mata-Cavalo e Vila Bela são famosas, as outras não são nem muito conhecidas.

No entanto, todas possuem atrativos diferenciados que encantam os visitantes.

A oportunidade de ver o processo de produção de doces e conviver com a simplicidade e hospitalidade oferecida por este povo é uma experiência única. 

A idéia de desenvolver o turismo é uma forma das comunidades recuperarem a identidade de quilombolas, o que significa tomar consciência das leis de proteção, que gera direitos para os remanescentes de escravos. Lúcio destaca que é preciso divulgar o trabalho das comunidades para atrair visitantes.

"Há diversas formas de fazer isso. Cada uma destas comunidades tem um diferencial que normalmente atrai e encanta um público específico", explica. Em Poconé (104 quilômetros de Cuiabá), as comunidades que já estão preparadas para receber o turista são Capão Verde, Mutuca, Campina de Pedra e Jejum. 

CAPÃO VERDE - Localizada no município de Poconé, a comunidade Capão Verde é formada por aproximadamente 14 famílias, ou seja, um grupo de 60 pessoas instaladas em uma área de 200 hectares. Eles vivem do cultivo da banana, voltada para a produção da farinha de banana, um complemento alimentar rico em cálcio, ferro e fosfato. 

MUTUCA - ¬ é uma comunidade de 36 famílias que produzem farinha de banana há mais de 30 anos. Josemar Ferreira da Silva, de 24 anos, morador de Mutuca, conta que desde crianças ele aprendeu a fazer a farinha. "Produzimos vários outros produtos que tem a banana como matéria prima, como por exemplo, doce embalado na própria palha da fruta, rapadura e doce de caju", conta. 

CAMPINA DE PEDRA – Já esta é uma comunidade com 125 hectares, onde vivem outras 30 famílias que formam um grupo com 136 pessoas. A principal atividade econômica é o cultivo de cana-de-açúcar para a produção de rapadura, melaço e açúcar mascavo. 

A comunidade produz cerca de mil quilos de rapadura por semana, com peso médio de ½ kg cada uma. A comercialização é feita basicamente em Poconé. Além das delícias da cana-de-açúcar, a comunidade também tem grupos folclóricos que apresentam o cururu, uma dança tradicional da Baixada Cuiabana. 

Jejum- esta comunidade, além de oferecer os produtos da banana e da cana-de-açúcar, tem ainda como atração para os visitantes os remédios naturais feitos pela dona Olga Souza. Há garrafadas e sabonetes para curar diversos tipos de doenças. O turista terá a oportunidade de conhecer um pouco da medicina natural, fato que contribuirá para mudança de educação e melhoria

Imbe - tem um processo de fabricação de rapaduras, melado e açúcar mascavo com uma micro industria que faz cerca de 300 peças de rapaduras por dia em turno normal de 8 hs de trabalho.
São produzidas por uma associação de 12 agricultores numa unidade de produção financiada pelo Banco do Brasil. Fica próximo a Campina de Pedra


Quilombolas - Capão do Negro em Varzea Grande  e Baixio em Barra dos Bugres


COMUNIDADE MUTUCA

VISITA E REUNIÃO NA COMUNIDADE MUTUCA

BARRACÕES NA COMUNIDADE MUTUCA

COMUNIDADE MUTUCA
Vegetação denominada Negramina, utilizada pelos Quilombolas como planta medicinal, para tratamento de pele, e doenças de estômago - informações da Laura de Mutuca e do Sr Angelo de Jacaré de Cima

Seu Angelo Presidente dos Quilombolas de jacaré de Cima e de baixo

Seu Angelo Presidente dos Quilombolas de jacaré de Cima e de baixo e seu filho


Seu Angelo Presidente dos Quilombolas de jacaré de Cima e de baixo preparando guaraná ralado


Seu Angelo Presidente dos Quilombolas de jacaré de Cima e de baixo e Geraldo


Seu Angelo Presidente dos Quilombolas de jacaré de Cima e de baixo preparando guaraná ralado


Seu Angelo Presidente dos Quilombolas de jacaré de Cima e de baixo monstrando o pau de guarana de ralar


Antigo engenho de cana da 3ª geração do seu Angelo
Escola de Informática na Mutuca - Mata Cavalo


Galinheiro em Jacaré de Cima


Lagoa Artificial com água cristalina e potável

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