23 de janeiro de 2018

Em Davos, Blairo diz que Brasil reagirá a países críticos da agricultura nacional

Lula Marques/AGPT

Jonas da Silva

O governo brasileiro "confrontará com dados científicos" e vai comparar áreas de países críticos da agricultura nacional sobre preservação e desmatamento. A iniciativa será feita a líderes internacionais e empresários no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, esta semana.

O argumento serão pesquisas e dados da Embrapa, explica o senador licenciado e ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, a quem caberá a tarefa de tentar modificar a imagem do Brasil no exterior. "63% das áreas ainda estão preservadas. Nenhum país do mundo tem mais isso. Vamos agora fazer um levantamento sobre outros países e comparar", prometeu. 

"Vamos fazer agora esse levantamento sobre nossos críticos, como Alemanha, França, e mostrar o que temos e o que eles tem", disse. 

Segundo ele, nos EUA, o resultado desse levantamento foi o inverso do brasileiro em termos de ocupação. "Nós fizemos a coisa certa. Vocês (europeus) que ficam inventando história contra nós e que depois viram lendas urbanas Agora, temos dados científicos para confrontar isso", completou o ministro.

O ministro explica que a produção agrícola no País não é a fonte de desmatamento e que dados coletados de satélite revelam que apenas 9% do território nacional é usado para cultivos. 

Segundo ele, as informações veiculadas sobre o desmatamento no País seria uma forma de minar a concorrência das exportações nacionais. 

Concorrência

De acordo com o ministro, à medida em que o Brasil ganhava destaque internacional no setor exportador, as críticas passaram a aumentar. "Muitos nos viam como ameaça, como um competidor, como de fato somos", disse. "Ao longo desses anos, passaram a acusar o Brasil que não respeitar os direitos trabalhistas e ambientais. Esse ambiente foi se consolidando", constatou. 

Blairo, porém, insiste que agora é a vez de o País começar a reagir e que isso será feito em Davos. "O que nos resta a fazer é enfrentar esse assunto, com dados científicos e que possam ser auditados por qualquer um", apontou. 

Aos empresários e líderes estrangeiros, o ministro revela que vai apresentar dados coletados pela Embrapa e que mostram o cenário da produção no País, feito a partir de imagens de satélite.

"Temos apenas 9% do território ocupado pela agricultura, 13% pela pecuária e mais 8% para a pecuária em pastagens naturais", disse. "O Brasil, portanto, é um país que alterou muito pouco o que nós tínhamos quando Pedro Álvares Cabral chegou", insistiu.  

Com informações do Estadão Conteúdo/Jamil Chade, correspondente

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