Pescadores filmam ataque de onça no Pantanal de Mato Grosso
Pescar no Pantanal pode estar se tornando cada vez mais uma atividade preocupante e perigosa. Um grupo de pescadores amadores filmou no final de semana o ataque de uma onça pintada a um bando de capivaras à beira do Rio Cabaçal, um dos afluentes do ecossistema. Detalhe: a filmagem aconteceu a menos de 20 metros. Eles estavam dentro de botes de pesca. No ataque, a onça entrou dentro do rio para capturar sua presa. As imagens foram mostradas nesta quarta-feira pela TV Descalvados (SBT), de Cáceres, pelo jornalista Ludovino Rosa. (Vídeo abaixo)
As imagens impressionam. O barulho de barcos e de outras pessoas que chegavam ao local para acompanhar o ataque não tirou a concentração da onça pintada. Preparada, ela aguardou o momento exato de capturar sua presa, bem próxima dos pescadores. De acordo com as imagens, o animal mira firme em direção ao grupo de capivaras por vários minutos. Outros barcos de pescadores, a maioria amador, vão se aglomerando próximo a beira do rio. Muitos tiram fotografias.
Algum tempo depois, uma das capivaras se afastado do grupo: é o animal a ser atacado pela onça. Ludovino narra que a capivara ignorou o perigo e se aproximou mais da onça. Os pescadores também ignoravam o perigo. "Quando ela percebe que esta a menos de 5 metros do seu predador, a capivara tenta fugir pelo rio. Mas é tarde demais” – narra o jornalista da TV Descalvados.
A onça se embrenha atrás da capivara e os dois afundam. Algum momento depois, o felino sai da água trazendo na boca a capivara já sem vida. Sabendo que estava sendo vigiada, o felino carrega sua presa para dentro da mata.
No dia 24 passado, duas onças pintadas atacaram e mataram Luiz Alex da Silva Lara, de 22 anos, que pescava com o pai, Alonso Silva Lara, de 54, no Rio Paraguai. O ataque aconteceu por volta das 19 horas, perto da estação ecológica Taiamã. Eles estavam acampados. O pai do rapaz morto relatou que saiu da barraca para procurar iscas e deixou o filho dormindo, mas quando voltou, viu que os dois animais haviam rasgado a barraca. Ele ainda percebeu o momento em que o rapaz era puxado pela cabeça. Armado com apenas um facão, disse que não teve como espantar os animais.
Os gritos do pai chamaram a atenção de outros pescadores que estavam acampados na região. Juntos, eles conseguiram afugentar os animais, mas Luiz já estava morto. O corpo foi transportado por um barco de turismo até a reserva Taiamã. De lá foi levado ao IML por um veículo do Ibama. Segundo os peritos, o pescador sofreu traumatismo cranioencefálico e fratura do crânio com perda óssea. As onças comeram as bochechas e parte da nuca do rapaz, que também teve pernas e braços bastante arranhados.
A presença de onças na beira dos rios da região pantaneira é sempre uma constante. Há duas semanas também, pescadores filmaram momentos em que os felinos apareceram próximos aos barcos. O gerente do Zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Luiz Carlos de Sá Neves, acredita ter havido um aumento populacional de onças no Pantanal nos últimos anos em função da proibição da caça. “As onças ficaram sem um predador, que era o homem” - ele explicou. “Antigamente havia especialistas em matar onças. Hoje isso acabou”.
Pescar no Pantanal pode estar se tornando cada vez mais uma atividade preocupante e perigosa. Um grupo de pescadores amadores filmou no final de semana o ataque de uma onça pintada a um bando de capivaras à beira do Rio Cabaçal, um dos afluentes do ecossistema. Detalhe: a filmagem aconteceu a menos de 20 metros. Eles estavam dentro de botes de pesca. No ataque, a onça entrou dentro do rio para capturar sua presa. As imagens foram mostradas nesta quarta-feira pela TV Descalvados (SBT), de Cáceres, pelo jornalista Ludovino Rosa. (Vídeo abaixo)
As imagens impressionam. O barulho de barcos e de outras pessoas que chegavam ao local para acompanhar o ataque não tirou a concentração da onça pintada. Preparada, ela aguardou o momento exato de capturar sua presa, bem próxima dos pescadores. De acordo com as imagens, o animal mira firme em direção ao grupo de capivaras por vários minutos. Outros barcos de pescadores, a maioria amador, vão se aglomerando próximo a beira do rio. Muitos tiram fotografias.
Algum tempo depois, uma das capivaras se afastado do grupo: é o animal a ser atacado pela onça. Ludovino narra que a capivara ignorou o perigo e se aproximou mais da onça. Os pescadores também ignoravam o perigo. "Quando ela percebe que esta a menos de 5 metros do seu predador, a capivara tenta fugir pelo rio. Mas é tarde demais” – narra o jornalista da TV Descalvados.
A onça se embrenha atrás da capivara e os dois afundam. Algum momento depois, o felino sai da água trazendo na boca a capivara já sem vida. Sabendo que estava sendo vigiada, o felino carrega sua presa para dentro da mata.
No dia 24 passado, duas onças pintadas atacaram e mataram Luiz Alex da Silva Lara, de 22 anos, que pescava com o pai, Alonso Silva Lara, de 54, no Rio Paraguai. O ataque aconteceu por volta das 19 horas, perto da estação ecológica Taiamã. Eles estavam acampados. O pai do rapaz morto relatou que saiu da barraca para procurar iscas e deixou o filho dormindo, mas quando voltou, viu que os dois animais haviam rasgado a barraca. Ele ainda percebeu o momento em que o rapaz era puxado pela cabeça. Armado com apenas um facão, disse que não teve como espantar os animais.
Os gritos do pai chamaram a atenção de outros pescadores que estavam acampados na região. Juntos, eles conseguiram afugentar os animais, mas Luiz já estava morto. O corpo foi transportado por um barco de turismo até a reserva Taiamã. De lá foi levado ao IML por um veículo do Ibama. Segundo os peritos, o pescador sofreu traumatismo cranioencefálico e fratura do crânio com perda óssea. As onças comeram as bochechas e parte da nuca do rapaz, que também teve pernas e braços bastante arranhados.
A presença de onças na beira dos rios da região pantaneira é sempre uma constante. Há duas semanas também, pescadores filmaram momentos em que os felinos apareceram próximos aos barcos. O gerente do Zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Luiz Carlos de Sá Neves, acredita ter havido um aumento populacional de onças no Pantanal nos últimos anos em função da proibição da caça. “As onças ficaram sem um predador, que era o homem” - ele explicou. “Antigamente havia especialistas em matar onças. Hoje isso acabou”.
Fonte: Edilson Almeida, Redação 24 Horas News
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