
Não se trata apenas de liberar acesso a crédito ou oferecer um certificado digital. O que está em jogo é a chance de transformar o campo em espaço de inovação social, onde tradição e modernidade caminham juntas.
A mandioca que vira farinha, o café coado no coador de pano, a rede armada no alpendre: cada detalhe é memória viva e, agora, pode ser também fonte de renda com dignidade.
O Cadastur Rural abre portas, mas também lança um desafio: como garantir que esse reconhecimento não se perca em relatórios e números de Brasília?
Será preciso escuta real, políticas consistentes e vontade de ver o agricultor não apenas como estatística, mas como sujeito de futuro.
Se o Brasil souber usar essa oportunidade, poderá mostrar ao mundo que sua maior riqueza não está nas metrópoles, mas na sabedoria de quem vive do chão.
Porque turismo sem agricultura é paisagem sem sabor, e país que não valoriza quem o alimenta corre o risco de morrer de fome cultural.

Alessandra Lontra é jornalista multimídia especializada em Turismo, mercadóloga e turismóloga provisionada pela ABBTUR. Com mais de 40 anos de atuação estratégica, é referência nacional em inovação no setor, com forte atuação em governança, roteirização, comunicação digital e inteligência artificial aplicada ao turismo. Lidera o portal Ale Lontra – Notícias em Movimento para um Turismo Além do Óbvio. www.alelontra.com.br.



















































