26 de novembro de 2021

Empaer multiplica mudas de mandioca para garantir ramas para 2022

Até o final da tarde desta quinta-feira (25.11), os técnicos já tinham preparado 4,5 mil unidades

Maricelle Lima Vieira | Empaer/MT

O objetivo é conseguir dois tipos de mandioca: a de mesa e a de indústria - Foto por: Empaer
O objetivo é conseguir dois tipos de mandioca: a de mesa e a de indústria
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A equipe do Campo Experimental de Acorizal da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), preocupada com os efeitos das secas prolongadas e a falta de ramas de mandioca para plantio, vem desenvolvendo o método da multiplicação de mudas da mandioca em copinho de plástico. A iniciativa é devido a grande importância social que a cultura da mandioca proporciona, por ser uma alternativa para pequenos produtores na geração de renda e segurança alimentar.

Em pleno trabalho, até o final da tarde desta quinta-feira (25.11), os técnicos já tinham preparado 4,5 mil unidades que serão plantadas no Campo Experimental e garantir ramas para 2022, que serão  disponibilizadas aos agricultores que tiverem  interesse em cultivar a mandioca e também, aos técnicos da empresa que quiserem instalar a  Unidade de Referência Tecnológica (URT), para mostrar aos produtores os materiais que estão sendo analisados e avaliar os mesmos em cada região.

A pesquisadora da Empaer, Dolorice Moreti, comenta que nos dois últimos anos, as secas castigaram muito a cultura da mandioca. Ela destaca que este método permite a reprodução do material em maior escala e de maneira economicamente viável. 

“A finalidade é aumentar a quantidade de mudas geradas a partir de plantas matrizes, com foco principalmente no pequeno agricultor, contribuindo na estruturação da cadeia da mandiocultura, de forma a minimizar, futuramente, os efeitos das secas prolongadas e da baixa produtividade”, afirma. 

A multiplicação das mudas está sendo realizada com diversos materiais genéticos de mandioca provenientes de várias regiões do estado de Mato Grosso, da Embrapa e do Instituto Agrônomo de Campinas (IAC). A técnica, segundo Dolorice é simples e oportuniza ao produtor, o aproveitamento das ramas, melhor brotação, redução de falhas na lavoura e também até 30 dias para o preparo do solo e aquisições dos insumos necessários, enquanto as mudas ficam aptas para ir a campo.

Os trabalhos realizados são para duas finalidades de uso da mandioca: mesa e indústria.  Para a mandioca de mesa precisamos ter produtividade, precocidade e cozimento, na comercialização. Para a mandioca destinada à indústria, ela precisa ser produtiva e apresentar alto teor de amido. Esse trabalho realizado pela Empaer visa oportunizar o produtor rural ter acesso aos materiais mais promissores para cada finalidade de uso e assim, ter maior rentabilidade na atividade.

Dolorice e colegas da Empaer realizando o trabalho de montar muda por muda               Foto: Empaer

 

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