27 de maio de 2021

Cultivo orgânico de gergelim e algodão colorido auxilia agricultores a exportarem produção

As lavouras ocupam uma área de 40 hectares e a produção de gergelim foi exportada para o Japão.

Rosana Persona | Empaer

A produção de gergelim vai atender a demanda de semente certificada para o mercado nacional. - Foto por: Empaer
A produção de gergelim vai atender a demanda de semente certificada para o mercado nacional.
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Os cultivos de gergelim e algodão colorido no sistema agroecológico vêm sendo executado por 16 famílias de agricultores familiares no município de Canarana (823 km a Leste de Cuiabá). As lavouras ocupam uma área de 40 hectares e a produção de gergelim foi exportada para o Japão. A previsão para a comercialização do algodão é no mercado interno e exportar para a França. O técnico agropecuário da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Gildomar Avrella, fala que o objetivo é promover uma agricultura sustentável com soluções econômicas juntamente com a parceria de diferentes instituições públicas e privadas.

As lavouras foram implantadas nos Assentamentos Guatapará (Canarana) e Nova Aliança em Gaúcha do Norte. Os agricultores foram capacitados e receberam treinamento para o cultivo sustentável com a oportunidade de desenvolver um trabalho com o algodão e gergelim agroecológico, abrindo mercados com fibras e grãos sustentáveis. “Esse projeto vem sendo executado desde 2019 pelos técnicos da Empaer, com a finalidade de incentivar a comercialização de produtos da agricultura familiar através de parcerias com empresas privadas”, esclarece.

Técnico da Empaer, Gildomar prevê uma produção de até 15 toneladas de algodão em pluma. | Foto: Empaer.

Conforme Gildomar, para atender o mercado europeu a produção de algodão será produzida de forma orgânica e com certificação para embarque internacional. O contato e as negociações estão sendo feitas com uma empresa francesa para aquisição do algodão tanto colorido quanto o branco. O gergelim já foi comercializado para o Japão, numa quantidade que gira em torno de 40 toneladas. Antes de embarcar a matéria prima, o exportador faz análise dos grãos. “A produção de gergelim vai atender a demanda de semente certificada para o mercado nacional”, esclarece.

Numa área de 5 hectares, a previsão é de produzir entre 12 toneladas a 15 toneladas de algodão em pluma. Gildomar prevê uma rentabilidade com a venda do produto orgânico em torno de R$ 16 mil por hectare. Ele explica que a intenção é criar núcleos orgânicos dedicados a produção sustentável, que ajudarão os agricultores a coordenarem seus esforços e acessarem benefícios como treinamentos, assistência técnica, que proporcionam uma transformação econômica, gerando renda e melhorando a condição de vida das famílias do meio rural. 

Agricultura sustentável com soluções econômicas e parcerias de instituições públicas e privadas. | Foto: Empaer

Os agricultores precisam produzir um volume mínimo para exportação em torno de 15 toneladas de algodão por safra. A lavoura do gergelim ocupa uma área de 35 hectares. A intenção dos agricultores é chegar a uma produção de  100 toneladas do grão por ano. O técnico da Empaer explica que a produtividade média está em torno de 3 mil quilos de gergelim por família. Cada agricultor plantou entre um e dois hectares. O ciclo da cultura é de 120 dias, e a colheita é feita manualmente.

Desde a criação destes dois projetos no sistema orgânico, Gildomar explica que a Empaer vem trabalhando em parceria com diferentes instituições, públicas e privadas, para viabilizar soluções econômicas, desenvolvimento e inovação para a competitividade e sustentabilidade da agricultura familiar do município. Ele enfatiza que o desafio da agricultura familiar é a transição para sistemas com uma base de mercado cada vez maior, que leve em consideração a demanda atual e futura por alimentos e matérias-primas.

“A previsão para 2022 é a inclusão de novos agricultores com o compromisso de melhorar as condições de vida dessas famílias. Com a participação do setor privado, acredito no aumento da produtividade, da receita e, como consequência, o desenvolvimento rural”, declara Avrella.


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