5 de abril de 2021

A importância da suinocultura brasileira

A importância da suinocultura brasileira
• Atividades em pequenas e médias propriedades
• Gera 2,5 milhões de empregos na Região Sul, mais São Paulo e Minas Gerais
• Fixa o homem no campo
• Viabiliza o produtor de cereais
• Movimenta uma grande cadeia agropecuária
• Transforma sub produtos, resíduos e alimentos não convencionais em proteína animal de alta qualidade.

Objetivos gerais
• Aumentar o consumo per capita no Brasil
• Colocar a Carne Suína no mercado de consumo
• Romper mitos e tabus existentes
• Melhorar a imagem da suinocultura nacional
• Aumentar a divulgação do setor
• Criar uma padronização de cortes da Carne Suína
• Instalar, no consumidor a necessidade de adquirir carnes inspecionadas

Objetivos específicos
• Difundir através dos meios de comunicação os controles de higiêne e sanidade
• Obter informações técnicas sobre a Carne Suína e difundí-las à médicos e
nutricionistas
• Difundir que a Carne Suína é uma proteína importante
• Esclarecimento quanto aos níveis de colesterol
• Fomentar um maior consumo desta saborosa carne
• Envolvimento de toda cadeia produtiva para aderirem à campanha
• Difundir quanto ao ganho da cadeia produtiva, após o aumento do consumo da
Carne Suína
• Divulgar que a Carne Suína é a carne mais consumida no mundo



1 Histórico da suinocultura brasileira
Anos 70
• Produtores independentes
• Característica pequeno porte
• Início sistemas de integração
• Introdução novas técnicas
– Material genético – ABCS
– Uso de concentrados
– Início cruzamentos
– Sistemas de produção semi-confinados em ciclo completos
• Baixo relacionamento de parceria e sem vínculo legal
• Facilidade de custeio via integradora (prazo de lote)
• Indústria querendo organizar constância e uniformidade de fornecimento.
Pensamento de volume com desconhecimento da importância da qualidade.
• Sanidade sem fundamentação e período de importação de inúmeros problemas
(respiratórios, virais, etc).
Anos 80
• No Sul, reforço nos sistemas de integração (SC, RS e PR) e no restante do país
o início da implantação de unidades maiores, incentivadas pelas empresas de
genética que iniciavam sua operação no país.
• Material genético – entrada de material genético oriundo de empresas de
melhoramento e início do declínio do sistema de melhoramento organizado via
ABCS.
• Reforço na área nutricional para atender avanços da genética e qualidade dos
animais (mais carne). Início dos núcleos em substituição aos concentrados.
• Consolidação dos cruzamentos de raças como fator de produtividade.
• Sistemas de produção em transformação
– Confinamento total
– Produção em 2 segmentos:
∗ Unidades produtoras de leitões – UPL
∗ Unidades terminadoras de leitões – UTL

• Reestruturação das parcerias
– Aumento do volume contratado
– Instrumentalização da parceria via contratos
– Transferência do capital de giro para o produtor
– Início dos trabalhos de tipificação de carcaça voltada para um animal de 100
kg (Santa Catarina)
– Início introdução do Sistema de Produção UPL’s/UTL’s
– Início de uma assistência técnica voltada para a produtividade com enfoque
no:
∗ Número de leitões produzidos/fêmea/ano
∗ Idade aos 100 kg
• Resultado da atividade com forte participação do jogo inflacionário
• Início de trabalhos objetivando a eliminação de febre aftosa e peste suína
clássica nos três estados do sul
Anos 90
• Chegada de mais empresas de material genético e consolidação de mercado.
• Consolidação de esquemas nutricionais com base nos núcleos e início de uma
nutrição com base em eficiência alimentar e produção de carne magra.
• Consolidação do Sistema de Produção UPL’s/UTL’s (Sul).
• Generalização do sistema de tipificação de carcaças no sul, agora com a
utilização de equipamentos eletrônicos e com uso de equações para cálculo de
carne magra.
• Do ponto de vista de construção e biosseguridade o início do sistema de
produção em “três sítios”.
• Do ponto de vista de “negócio” o início de integrações – parcerias independentes,
atreladas ou não a contratos de fornecimento (final anos 90).
• Fortalecimento do sistema integrado e aumento dos volumes produzidos em
parceria (grandes Agroindústrias com volumes acima de 90% em regime de
parceria). Os sistemas verticalizados organizados pelas grandes Agroindústrias
e Cooperativas, passam a cada momento a ter maior participação nos volumes
abatidos.
• Mudança na forma de pensar da agroindústria:
– Formalização das parcerias
– Racionalização dos custos da parceria com otimização do processo como
um todo: ∗ Transporte de suínos
∗ Manejo pré abate
∗ Peso de abate
∗ Premiação pela qualidade
∗ Penalização pela não conformidade
• Relacionamento mais profissional
• Início migração das grandes Agroindústrias para o Centro-Oeste
• A década de 90 foi marcada pela entrada no negócio de empresários rurais
mudando o perfil da suinocultura, até então atividade familiar de subsistência,
para uma atividade tipicamente empresarial

Tendências da produção
• Tamanho das granjas – maiores, mais produtivas;
• Produção em 2, 3 ou múltiplos sítios;
• Investimento calculado por kg produzido;
• Tamanho das baias -> tamanho do grupo;
• Automação do sistema de alimentação;
• Climatização em determinadas áreas;
• Cuidados especiais na biosseguridade;
• Sanidade tão ou mais importante quanto a genética;
• Esquematização no alojamento e reposição de plantel;
• Uso expressivo da Inseminação Artificial (80 a 100%);
• Incremento na qualidade da identificação do cio;
• Cobertura no 3o cio com máximo de peso e boa reserva de gordura;
• Redução do no de inseminações/cio;
• Sêmen de mais longa duração – 7 – 10 dias;
• Redução do no de espermatozóides/dose;
• Desmame 18–21 dias;
• Abate.
– mercado “in natura” – 100/110 kg
– mercado industrialização – 120/130 kg
• Alto percentual de carne magra – mínimo 56, máximo 60%;
• Exigências quanto à qualidade (PH, coloração, marborização e contaminação);
• Produtividade mínima – 25 vendidos/fêmea/ano, de preferência pensar em kgs
vendidos/fêmea/ano;
• Resultado avalizado por unidade investida, não por kg produzido.
4 Novas tecnologias
– Organização da produção em sistemas eficientes voltados para baixo custo
e alta qualidade;
– Genes marcadores:
∗ Prolificidade
∗ Animais livres do gene RN
∗ Animais resistentes à doenças
· E.coli
· D. edema
· Salmonella
· Outras
∗ Animais com carne marborizada
– Transferência de embriões;
– Sexagem de sêmen;
– Melhor entendimento das exigências nutricionais adaptadas às necessi-
dades das fases e ao produto em questão.
5 Principais desafios
– Entendimento pleno das necessidades do consumidor;
– Legislação ambiental e conforto animal;
– Quebra de tabus e descoberta de formas de incentivo ao consumo;
– Qualificação da mão de obra como instrumento importantíssimo na
obtenção de altos índices de produtividade; 
– Sanidade e biosseguridade como fatores essenciais a contribuir na redução
dos custos e obtenção de produtos padronizados e de alta qualidade;
– Credibilidade junto à instituições financeiras dispostas a investir, porém com
baixo risco;
– Nível adequado de automação e climatização;
– Criação de um mercado com fundamentos de economia livre;
– Padronização de instalações e equipamentos;
– Consolidação do mercado de exportação;
– Compatibilização dos custos globalizados;
– Gerenciamento dos riscos e redução das margens;
– Eliminação do uso de antibióticos sem redução de performance;
– Manter o país livre de doenças exóticas – PRRS, Circuvirus, etc.
6 Conclusão
– Grandes produtores continuarão crescendo, porém grupos familiares bem
administrados ou agregados, continuarão sendo competitivos;
– Legislação ambiental e fatores econômicos serão obstáculos para expan-
são;
– Indústria e supermercados definirão em grande parte o sistema de
produção;
– Produção segregada por fases em diferentes sítios e proprietários;
– Projetos visarão reduzir custos de produção e facilitar mão de obra;
– Suinocultura é mais uma commodity agrícola – kg vendido/ano, custo e
escala de produção são importantes;
– Instituições financeiras, frigoríficos e produtores buscarão mais proteção via
produção contratada;
– Pressão para eliminar o uso rotineiro de antibióticos e promotores de
crescimento na ração;
– Menores margens deverão ser compensadas;
– Necessidade urgente de estratégias de aumento de consumo e exportação.

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