21 de dezembro de 2020

DESEMPENHO NA PANDEMIA


“80% das indústrias foram bem, mas pequenas preocupam”

Presidente da Fiemt ainda elogiou desempenho do agronegócio de MT: “Aluno nota 10”

MidiaNews

O presidente da Fiemt, Gustavo de Oliveira: avaliação do setor em 2020

LISLAINE DOS ANJOS

DA REDAÇÃO

O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira, afirmou que 80% do setor tiveram um desempenho satisfatório em 2020, mesmo enfrentando uma crise causada pela pandemia do coronavírus, que neste mês já completa 10 meses.

 

Ele ressaltou, porém, que ainda é preocupante a situação das pequenas e médias indústrias, que precisarão enfrentar um ano de 2021 ainda arrastando uma “bagagem” deste ano.

 

“Ainda temos um impacto muito grande nos médios e pequenos negócios, que têm uma dificuldade de se organizar. Eles têm dificuldade de criar estratégia digital, de mudar portfólio de produto quando precisa. Tudo é mais difícil para quem está do médio para o pequeno”, avaliou.

 

Segundo Gustavo, a situação dos empresários dessa faixa do setor preocupa porque acabou o auxílio emergencial, o financiamento da folha e a prorrogação de impostos.

 

Os empresários vão enfrentar um 2021 carregando um passivo muito grande de 2020

“Os empresários vão enfrentar um 2021 carregando um passivo muito grande de 2020. A gente precisa dar um apoio adequado a essas médias e pequenas indústrias”, ressaltou.

 

“Aluno nota 8”

 

O presidente da entidade classificou a indústria de Mato Grosso como um “aluno nota 8” ao comentar o desempenho do setor.

 

“80% da indústria de Mato Grosso performou muito bem economicamente na pandemia porque tem vocação para alimentos, produção de energia, biocombustíveis e tantos outros fatores que fizeram com que ela fosse bem”, explicou.

 

Gustavo ressaltou, porém, que o setor “é sempre ofuscado por um colega de classe que é o agronegócio brasileiro e o agro de Mato Grosso, que é um aluno nota 10 do ponto de vista de performance”.

 

A gente tem que olhar [para o agro] e ver como é que a gente consegue isso para a indústria, para o comércio, para os serviços

“É aquele aluno que desponta, que é um gênio, fenômeno. Não caiu do céu isso para o agro. É um trabalho muito bem feito de décadas, com investimento em tecnologia, com busca de produtividade incessante”, avaliou.

 

O presidente ressaltou que não se pode ignorar que o agro tem uma estratégia financeira adequada, sendo muito ajudado por fatores macroeconômicos, como uma carga tributária “muito menor do que a média dos negócios brasileiros”, o que permite ao setor ser competitivo mundialmente, e taxas de juros muito menores do que o mercado.

 

Conforme Gustavo, esse conjunto de fatores protegem e impulsionam o setor econômico de maneira muito forte.

 

“E parabéns ao agro brasileiro e ao agro de Mato Grosso que conseguiu isso nos últimos anos. A gente não pode olhar e dizer ‘tributa, aumenta a taxa de juros’. A gente tem que olhar e ver como é que a gente consegue isso para a indústria, para o comércio, para os serviços”, analisou




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