O estado já empregou na fiscalização 2.500 homens e ainda conta com a ajuda da tropa do Exército, a mando do Governo Federal
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), no texto sobre sua participação em uma entrevista da Jovem Pan São Paulo, nesta terça-feira (08), afirmou que somente em 2020 foram aplicados mais de R$ 100 milhões em multas em todo solo mato-grossense devido as queimadas ilegais.
A aplicação das multas só foi possível porque o Estado possui um programa mais avançado em tecnologia que permite via satélite, localizar em tempo real, o ponto exato onde o ato criminoso está sendo cometido.
Ainda no texto sobre a sua participação, Mendes disse que terá “tolerância zero” para esse tipo de prática, uma vez que são inúmeros os prejuízos produzidos em virtude disso como para o meio ambiente, à saúde da população e também danos ao Governo e aos produtores.
“Lamento que muitos insistam em cometer crimes ambientais, que trazem danos ao meio ambiente, à saúde da população e também danos ao Governo e aos produtores. Por conta disso, continuaremos tendo tolerância zero com estes crimes e aplicando aquilo que prevê a legislação. Quem continuar apostando na ilegalidade vai se dar mal”, diz trecho da postagem do governador.
O Governo tem tentado combater de todas as formas possíveis as queimadas em áreas de reservas e também nas mais diversas, onde as faíscas se propagam com a força do vento.
Para esse tipo de “missão” o Estado remanejou 2.500 homens na fiscalização de atos criminosos contra a floresta, com aparatos de veículos, aeronaves e toda a estrutura possível.
Uma perícia realizada no Pantanal Mato-grossense – um dos principais biomas brasileiros – revelou que o incêndio registrado há vários dias foi provocado por ação humana e o tempo seco deste ano acabou favorecendo o avanço.
“Nós temos hoje uma tecnologia extremamente importante que são as imagens do Sistema Planet, um sistema que nós compramos. E a cada 24 horas temos imagens do Estado praticamente em tempo real. Com isso a gente consegue detectar onde começa o incêndio e com a qualidade disponível nós conseguimos detectar se aquilo foi um acidente”, explica o governador sobre o serviço de perícia.
“Nós temos caso aqui que foi o capotamento de um carro na cabeceira de uma ponte e o carro pegou fogo e ali começou um grande incêndio no Pantanal. Nós temos casos de um fio de alta tensão que caiu e a partir das imagens mostram claramente. Mas, nós conseguimos identificar também quando um incêndio inicia e ali tem a presença de uma máquina e de uma pessoa, e isso caracteriza de forma inequívoca que houve uma ação humana”, contextualiza.
Morte de zootecnista
Na madrugada desta quarta-feira (09), o zootecnista Luciano da Silva Beijo, de 36 anos, acabou não resistindo as queimaduras graves e faleceu no Hospital Regional de Cáceres (a 220 km de Cuiabá).
Ele foi queimado no domingo (06), durante tentativa de apagar as chamas que atingiram a fazenda onde trabalhava, às margens da BR-070.
Luciano seria transferido ainda nesta quarta para uma UTI da Capital, mas por não suportar a dor para ser transportado de ambulância iria ser encaminhado ao setor de queimados de avião. Porém, a situação nebulosa na cidade, prejudicou a visão do piloto e com a demora para melhor condição do voo, acabou implicando na morte do trabalhador.
FONTE: https://gazetamt.com.br/9/9/2020/governador-sobre-queimadas-quem-continuar-apostando-na-ilegalidade-vai-se-dar-mal/
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