O ministro da Saúde, Henrique Mandetta
DA REDAÇÃO
Dados oficiais do Ministério da Saúde, segundo o qual não há nenhum caso confirmado de coronavírus em Mato Grosso, têm chamado a atenção de muita gente.
Isso porque nesta semana os três primeiros infectados com a doença foram confirmados por hospitais particulares de Cuiabá e Rondonópolis. A principal dúvida é: qual o motivo de tanta demora por parte do Ministério para registrar casos que já são de conhecimento público aqui no Estado?
Segundo o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, os casos são notificados oficialmente apenas quando os exames são feitos por laboratórios credenciados junto ao Governo Federal. E não há nenhum nesta condição em Mato Grosso.
“Por que essa divergência? Primeiro porque os laboratórios que fizeram os testes [nos hospitais particulares] não obedecem ao critério e protocolo do Ministério da Saúde. A metodologia não é a indicada para chegar à conclusão que esse paciente é um caso positivo”
“Segundo que, mesmo considerado positivo, é necessária a contraprova, e é com ela que o Governo vai assumir como um caso efetivo”, completou.
Os exames de contraprova, por exemplo, podem demorar até sete dias para ficarem prontos.
“São coletadas secreções das narinas e da garganta do paciente com suspeita. Esse material é encaminhado para o Lacen (Laboratório Central da Saúde Pública de Mato Grosso), que tem capacidade de identificar até 12 vírus de síndromes gripais. Após o teste, se não for identificada a contaminação por nenhum desses vírus, essa amostra [positiva para o coronavírus] é encaminhada para os três laboratórios que fazem essa análise em São Paulo e Rio de Janeiro”, afirmou.
Só depois de vencida esta etapa é que o Ministério da Saúde notifica o caso.
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