20 de fevereiro de 2020

Condições ideais de solo e clima atraem pequenos produtores para o cultivo de flores tropicais em MT

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A Empaer desenvolve pesquisa com flores tropicais desde 2009. Plantas perenes podem ser cultivadas em áreas impróprias para outras atividades agropecuárias Rosana Persona | Empaer | MT 

Na época da chuva as flores ficam mais vigorosas e produtivas - 

Foto por: Lara Jordani | Empaer

 

Neste período de chuva a produção de flores tropicais aumenta em 30% no Campo Experimental da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), no município de Acorizal (62 km ao Norte de Cuiabá). 

A pesquisadora da Empaer, Eliane Maria Forte Daltro, explica que a fenologia e a viabilidade produtiva das espécies estrelícias, helicônias, bastões do imperador, alpínias, antúrios, costus tem sido estudadas como mais uma alternativa de renda para a agricultura familiar. 

A pesquisadora destaca que o Estado possui características de solo, clima e localização geográfica privilegiadas para o desenvolvimento de uma floricultura eficiente e competitiva. 

“Na época da chuva as flores ficam mais vigorosas e produtivas. E no período da estiagem (junho a agosto) a produção diminui, principalmente por causa da baixa unidade relativa do ar, motivo pelo qual, requer irrigação para o desenvolvimento da cultura”, esclarece. 

João de Melo | EmpaerA floricultura tropical é uma atividade geradora de emprego e renda

As flores tropicais são plantas perenes e podem ser cultivadas em áreas impróprias para outras atividades agropecuárias. Ela comenta que Mato Grosso tem todas as condições para se tornar um grande produtor e exportador de excedentes de flores tropicais. É consumidor potencial, mantendo total relação de dependência com as principais regiões produtoras para o seu abastecimento. 

No Campo Experimental estão sendo desenvolvidas 12 variedades diferentes de antúrios, mais de 10 espécies de helicônias, alpínias, sorvetão (gengibre ornamental), bastão do imperador, costus, estrelícias e algumas folhagens. Conforme estudos, após o plantio, dependendo da espécie, a primeira colheita leva em média de oito a 12 meses. No segundo ano, as plantas são mais produtivas. 

“A atividade de produção de flores possibilita múltiplas formas de exploração e diversidade de cultivo que podem ser: produção de flores de corte, plantas envasadas, folhagens, plantas de interior e viveiros de produção de mudas para jardins”, salienta. 

Lara Jordani | EmpaerA pesquisadora Eliane mostra a viabilidade do cultivo para agricultores


A floricultura tropical é uma atividade geradora de emprego e renda, fixadora de mão-de-obra no campo e alternativa de diversificação da produção em pequenas propriedades rurais, promovendo o rápido retorno do capital empregado em face do ciclo curto da maioria das plantas cultivadas, possibilitando uma remuneração acima da média. 

O projeto de flores tropicais tem atraído produtores dos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Sorriso e Rondonópolis que estão cultivando em áreas menores que dez hectares e que despertaram para uma oportunidade de negócio. Segundo Daltro, a floricultura comercial abrange o cultivo de flores e plantas ornamentais com variados fins que incluem desde as culturas de flores para corte, produção de mudas arbóreas e as de porte elevado. Envolve a produção, o comércio e a distribuição de flores e plantas cultivadas com fim ornamental. 

A Empaer desenvolve pesquisas com flores tropicais desde 2009. De acordo com a pesquisadora, começou a pesquisar outras espécies para inserir no cultivo com a finalidade de atender os agricultores familiares. “Estamos buscando novas opções de flores e folhagens para diversificar a produção”, enfatiza Daltro.

FONTE: http://www.mt.gov.br/-/13795288-condicoes-ideais-de-solo-e-clima-atraem-pequenos-produtores-para-o-cultivo-de-flores-tropicais-em-mt

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