31 de janeiro de 2020

Metamat perfurou 11 poços para captação de água em cinco municípios




Projeto prevê cerca de 500 poços tubulares profundos, que levarão água para mais de 60 mil famíliasLorena Bruschi | Secom-MT


Perfuração de poço no assentamento Dom Osório, em Rondonópolis. - Foto por: Assessoria


O trabalho de realizar o estudo geológico, e a perfuração de poços tubulares de captação de água, começou com a abertura de 11 novos poços no interior do estado. A ação é fruto de um convênio assinado em 2019 entre a Companhia de Mineração de Mato Grosso (Metamat), e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). 

Este é o primeiro grande projeto em andamento, após a reestruturação administrativa e financeira da empresa. O papel social de levar condições de vida a quem reside em comunidades sem acesso a água potável é o grande objetivo do convênio, que tem a previsão de perfurar cerca de 500 poços, afirma o presidente da Metamat, Juliano Jorge Boraczynski. 

“Hoje há uma demanda de 60 mil famílias, e de cerca de 500 poços artesianos. Até o final do governo Mauro Mendes vamos ter levado água para todos os 141 municípios. São famílias de grandes assentamentos e comunidades rurais, de áreas quilombolas, e também urbanas, que vivem sem água potável. Vamos levar condições para essas pessoas.”, afirma.

Moradores de cinco cidades foram beneficiados com as perfurações. Receberam poços: Rondonópolis (4 perfurações), Ribeirãozinho (3), Pedra Preta (2), Cocalinho e Jaciara, um poço cada. A previsão é de que em fevereiro sejam feitos mais sete poços em Rondonópolis, três em Serra Nova Dourada, e quatro em Vila Rica.

O convênio possibilita parcerias com as prefeituras. Os municípios interessados devem se enquadrar em pré-requisitos, entre eles, oferecer uma contrapartida, que significa a instalação de bomba, reservatório, ligação domiciliar e cercamento da área. Enquanto a Metamat fornece a mão de obra especializada e os estudos geológicos da área, a Funasa oferta os maquinários e perfuradoras.

O poço tubular de perfuração profunda é uma obra de engenharia geológica, que possibilita o acesso a àgua por uma perfuração que pode chegar a até 2 mil metros de profundidade.

Reestruturação
Em 2019, a estatal passou por uma reforma administrativa, que possibilitou a economia de cerca de R$ 800 mil ao mês, apenas em gastos com pessoal, com a demissão de 47 funcionários. O quadro da empresa ficou reduzido a 36 servidores, quantidade necessária para manter os serviços básicos da entidade.

Além disto, recebeu recursos de repasses obrigatórios suficientes para cobrir as despesas, o que representa a autossuficiência da empresa - que deixa de necessitar de repasses dos cofres públicos para funcionar. Conforme o presidente a empresa se mostrou viável economicamente.

Apenas em compensações, a Metamat tem direto a R$ 9,7 milhões ao ano, valor suficiente para arcar com as despesas das atividades. Estes repasses são do Fundo Especial do Petróleo (FEP), Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), e do Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH).

A Metamat foi criada pela Lei estadual 3.130/71, com o principal objetivo de atuar no campo de pesquisas minerais, lavra, compra e venda, importação, exportação, industrialização e administração de jazidas próprias ou de terceiros. A empresa é regida ainda pela Lei federal 6.404/76, conhecida como a Lei das S.A.

Entre as atribuições legais, a estatal presta serviços de pesquisa e planejamento mineral à órgãos do setor público ou privado. Pode anda editar a publicar trabalhos técnicos na forma de boletins, revistas e livros, para divulgar o potencial mineral do estado.

A empresa tem autonomia para fomentar ações de extensão mineral – orientação técnica e capacitação aos garimpeiros e mineradoras -, o mapeamento geológico básico do estado, sempre buscando a modernização técnica por meio de projetos especiais.

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