
A Pesca Esportiva está contida dentro dos conceitos da pesca amadora, porém sua prática não implica necessariamente no abate do pescado. O principal objetivo é a prática do esporte, num convívio sadio com a natureza conservada onde o pesque-e-solte é prioridade, e dos peixes, ficam guardadas apenas imagens.
Defender a ideia de que o pescador esportivo deve liberar todos peixes capturados e não consumir o produto de sua pesca, seria radicalismo. A filosofia é de que o consumo do peixe seja fruto do abate de quantidade necessária e suficiente para o uso imediato, sem exageros e desperdícios.

Se antes deste estilo de pesca, 100% dos peixes pescados eram abatidos, hoje temos grande parte deles com sobrevivência garantida. É um conceito facilmente entendido pela matemática: pescar 100, comer 10, soltar 90 e 10 morrerem pelo manuseio, seja ele por mal uso de acessórios ou por falta de cuidados básicos, ainda teremos 80 peixes seguindo seu ciclo de vida e reprodução.
Sempre 80 será mais vantajoso que zero, no sistema mais antigo. Além disso, temos de considerar que a pesca esportiva, por sua continuidade, gerará emprego, renda, e riqueza. Um ótimo e inteligente modelo a ser seguido.

O estudo destaca que, apesar das ocorrências em uma pescaria serem as mais imprevisíveis, quando o peixe é manuseado de forma a provocar um mínimo de agressão, a sua recuperação é mais rápida e, após a liberação, ele terá melhores condições para se defender contra os agressores com quem convive no mesmo ambiente.
Isso comprova que a pesca esportiva e o pesque e solte contribuem para um melhor equilíbrio e conservação das espécies, porém há de se saber entender e separar o que acontece com os peixes quando capturados em seu habitat natural e os capturados em pesqueiros particulares, pois em áreas naturais, a recuperação é mais certa do que nos pesqueiros .
Analise e cuidados
Vários estudos já apontaram que os peixes não possuem terminações nervosas, especialmente na região da boca , sendo assim não sentem dor quando são fisgados, por esse motivo ele tenta se livrar com voracidade da isca. Ao perceber que está preso, o instinto é se soltar rapidamente, isso por perceber que se prendeu e não por sentir algum tipo de dor.

Obvio que o próprio ato de pescar trás alguma mácula ao animal, mas podemos minimizar muito essas sequelas, se adotarmos alguns destes procedimentos. Se for ser radical em relação sobre a forma que se trata o peixe e como não prejudicar, começaria dizendo que é melhor não usar anzol, o fato de furar a boca do peixe na fisgada, já o machuca e dependendo do local, pode trazer danos na sua regeneração.

Baseado no meu conhecimento e vivência com o pesque e solte e com as dicas que aprendi ao longo dos anos com vários amigos do ramo de pesca esportiva, entre eles Rubens de Almeida Prado, o Rubinho (programa Pescaventura), segue alguns exemplos sobre como proceder quando for pescar.
- Evitar brigas muito longas com o peixe.
- Deixar o peixe descansar antes de embarcá-lo
- Manter o peixe pouco tempo fora da água.
- Nunca colocar a mão nas brânquias.
- Não envolver o peixe com panos ou abraçá-lo para não retirar o muco.
- Procurar pegar no peixe sempre com as mãos molhadas.
- Deixar o peixe descansar antes da soltura.
- Procurar um local de águas calmas e seguras para soltar o peixe.
- Eliminar a farpa do anzol.
- Evitar colocar peixes grandes em cima do barco.
- Equilibrar o equipamento de pesca para não estressar o peixe.
- Manter o peixe o menos possível na posição vertical, pois seus órgãos internos sofrem compressão.
- Não deixar o peixe cair de suas mãos, entre outros.
Fonte: Pesca Amadora
Leia mais: https://pescandocomfabianolisboa.webnode.com/news/os-beneficios-da-pesca-esportiva-e-o-conceito-do-pesque-e-solte/
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