Tietê-de-coroa é ave rara procurada por pesquisadores e ornitólogos
Espécie mede menos de 10 centímetros e foi avistada pela última vez há 20 anos pelo ornitólogo Ricardo Parrini, em Teresópolis (RJ).
O que uma ave verde oliva com tons amarelos, um topete marcante avermelhado com listras negras, asas escuras com linhas esbranquiçadas e menos de dez centímetros teria de especial para atrair pesquisadores e ornitólogos em uma expedição por cerca de vinte dias pela mata?
O tietê-de-coroa (Calyptura cristata) é espécie é rara e pouco conhecida. Por mais de um século a avezinha deixou de ser avistada e, surpreendentemente, há 20 anos o ornitólogo Ricardo Parrini reencontrou a ave em uma mata em Teresópolis (RJ) na região da Serra dos Órgãos.
Ave é procurada (Foto: Devanir Gino/TG)
O tietê-de-coroa já foi capturado por naturalistas no Século 19 e, por isso, pode ser encontrado empalhado em museus de história natural de vários países. Com informações de espécies coletadas pelo naturalista Peter Lund, entre elas as da ave rara, pesquisadores e ornitólogos conseguiram mapear a área em que o tietê pode ser encontrado e definiram a região de Duas Barras (RJ).
A equipe do Terra da Gente foi em busca desta ave enigmática em uma expedição organizada pelo Observatório de Aves do Instituto Butantan de São Paulo, pelo Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro com apoio da American Bird Conservancy. Foram cerca de duas semanas caminhando e percorrendo florestas e fundos de vales à procura de um ícone da ornitologia brasileira. Outras espécies apareceram para a equipe: em dez dias de expedição mais de 260 espécies de aves foram encontradas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário