6 de junho de 2015

Empaer assina termo de cooperação para produção de alimentos biofortificados

ROSANA PERSONA

Assessoria/Empaer-MT
A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) assinou um termo de cooperação técnica para biofortificação de alimentos com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Com o projeto BioFORT, o objetivo é garantir maior segurança alimentar e diminuir a desnutrição com o aumento dos teores de ferro, zinco e vitamina A na dieta da população mais carente. Serão instaladas Unidades de Observação (UO), na Estação de Pesquisa e Fomento de Cáceres e Unidade Demonstrativa no Campo Experimental de Acorizal. 

A doutora em Ecologia da Empaer, Marilene de Moura Alves fala que o projeto é inédito no Estado de Mato Grosso, que trabalha com melhoramento genético de produtos biofortificados. A Empaer vai pesquisar os seguintes alimentos: feijão comum, feijão caupi, arroz, milho, abóbora e batata doce. Conforme Marilene, esse material será pesquisado e reproduzido para os agricultores familiares, que no futuro vão produzir em escala comercial, para atender as demandas da merenda escolar. 

O trabalho de pesquisa será avaliado por cinco anos. Os primeiros resultados serão apresentados em 2016. A doutora Marilene fala que na Estação Experimental da Empaer, no município de Cáceres já foi plantado o feijão caupi (maio 2015). “Em Mato Grosso a pesquisa vai conferir os índices desses elementos e após a confirmação será produzido em grande escala”, ressalta Alves. 

O processo de biofortificação é feito com o cruzamento de plantas da mesma espécie, gerando cultivares mais nutritivas, conhecido como melhoramento genético convencional. Inclusive, o projeto ao longo do tempo, formou uma rede de pesquisadores no Brasil e no exterior, que estão investindo em conhecimento técnico-científico da agronomia e da saúde e estão obtendo alimentos mais nutritivos. 

A essência do projeto BioFORT é enriquecer alimentos, que já fazem parte da dieta da população, para que esta possa ter acesso a produtos mais nutritivos e que não exijam mudanças de seus hábitos de consumo. Os alimentos como a batata doce e abóbora são melhorados para obtenção de maiores teores de carotenóides, o milho com maiores teores de licina, triptofano e betacaroteno, arroz e feijão com teores mais elevados de ferro e zinco.

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