22 de junho de 2014

Pessoas de diferentes partes do mundo se únem em Cuiabá

CAROLINE LANHI

Redação/Secom-MT
Josi Pettengill/Secom-MT
Izuro Nakashima, do Japão, decidiu ficar ao lado da Bósnia
Izuro Nakashima, do Japão, decidiu ficar ao lado da Bósnia
Este sábado (21.06) foi dia de show de torcidas no entorno da Arena Pantanal. Pessoas de diferentes lugares do mundo se uniram para torcer para Bósnia ou Nigéria e em alguns casos para duas as mesmo tempo. Independente da vitória, o clima era de festa, solidariedade, companheirismo e respeito. Todos unidos pelo esporte e aproveitando o intercâmbio de cultura e idiomas.


A Bósnia-Herzegovina não venceu, mas teve sem dúvida a torcida mais organizada do dia. Os torcedores caminharam em coro pelas ruas Agrícola Paes de Barros e Ranulfo Paes de Barros até a entrada leste da Arena Pantanal. Ao som de hinos cantados em bósnio, levaram com eles brasileiros e estrangeiros, adultos e crianças, conquistando novos torcedores e amigos.
 
Foi assim com o japonês Izuro Nakashima, 33 anos, que está em Cuiabá para o jogo entre Japão e Colômbia, mas aproveitou o dia para conferir a penúltima partida na Arena Pantanal. Chamando a atenção com trajes típicos e bandeirolas do Japão, Izuru – que no começo não sabia para quem iria torcer – logo se rendeu a animação dos bósnios. Com sorriso no rosto e as bandeiras de seu país em punho, concordou em colaborar com a torcida do leste europeu.

 
Passada a onda azul, branca e amarela, foi a vez dos Nigerianos mostrarem a alegria do seu povo e a capacidade de fazer amigos e agregar torcedores. Trouxeram com eles grupos de diferentes países, como a jovem Yu Iun Soh, 21 anos, que é da Malásia e veio a Cuiabá acompanhada de outras 14 pessoas para torcer exclusivamente para a Nigéria. O motivo? Tem uma amiga nigeriana que mora nos Estados Unidos e resolveu acompanha-la na onda verde e branca que chegou ao Brasil.

 
Os vizinhos bolivianos e peruanos também aproveitaram a proximidade com Cuiabá para curtir a Copa do Mundo. Os irmãos Daniel, 18, e Gabriel Negrón Molina, 30, vieram especialmente para assistir o jogo deste sábado e retornam para La Paz, onde moram, no domingo (22.06). Nas costas estava a bandeira da Bolívia, mas o grito era de apoio à Bósnia. “Gostamos do povo e da alegria dos bósnios”, diz Daniel. Já os peruanos Mário, 31, e Augusto Ruiz, 54, estavam indecisos e optaram por torcer por aquela que estivesse vencendo. Sorte da Nigéria.

 
Quando o verde e amarelo muda de cor

 
Sempre com as cores da bandeira do Brasil ou com camisetas de clubes nacionais, os brasileiros se solidarizaram com as seleções que jogaram na Arena Pantanal neste

Josi Pettengill/Secom-MT
Brasileiros divididos entre Nigéria e Bósnia acabaram torcendo para as duas
Brasileiros divididos entre Nigéria e Bósnia acabaram torcendo para as duas
 sábado. Emprestaram a voz, a força, a alegria e a fé para fazer da torcida um espetáculo e acolher bem os visitantes.


Entre os cuiabanos estava Andrea Rangel, 36 anos, que também decidiu torcer em família levando os filhos, o marido e a sogra para o estádio. Apesar de alegar não ter preferência por uma ou outra seleção, a família se mostrou encantada com a alegria do povo nigeriano, que ao longo da semana circulou pela Capital. “Quem sair na frente vai ganhar a nossa torcida”, disse Andrea, ou seja, soltaram a voz pela Nigéria.
 
O paulista Felipe Insunga, 26 anos, veio para Cuiabá com um grupo de seis amigos para torcer para a Bósnia. Por ter visitado o país do leste europeu, decidiu pintar o rosto de azul, branco e amarelo e se juntar a torcida. Ao lado dos amigos, até arriscaram o trecho de uma música em bósnio e por isso chamaram a atenção de quem estava com câmeras nas mãos e até chegaram a ser confundidos com estrangeiros.

 
Fabiana Furlanetto, 36 anos, também saiu de São Paulo com a família, ao todo seis pessoas, para assistir o jogo deste sábado em Cuiabá. Não havia favoritismo, o objetivo era aproveitar a oportunidade e torcer, independente de ser o Brasil ou não a entrar em campo. Mas para nenhuma seleção sair perdendo decidiram que metade da família torceria pela Bósnia e a outra metade pela Nigéria. Fabiana ficou do lado da Nigéria, porque tem um amigo muito querido deste país e quis apoiá-lo. “A gente torce pelos outros países em respeito ao esporte, ao momento e às seleções que estão aqui, não importa que seja o Brasil ou não”, resume Fabiana.

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