17 de junho de 2014

Mais de mil estacas e muita história pra contar

Por João Bosquo 

Mayke Toscano/Secom-MT

Francisco dos Santos também trabalhou nas obras da Copa 2014 

As marcas das mãos e a experiência do maranhense Francisco dos Santos estão fincadas nas obras da trincheira Zero Km, no Viaduto da Sefaz e na trincheira da Luiz Felipe, obras de mobilidade urbana e alguns dos maiores legados da Copa do Mundo 2014 para Cuiabá e Várzea Grande. Foi Francisco quem fincou a primeira estaca da trincheira do Zero Km em Várzea Grande. O feito mereceu registro por parte dos amigos. A estaca inicial é determinante para a refêrencia das dimensões da obra.

Depois Francisco participou do final da obra do viaduto da Sefaz e faz parte da equipe que trabalha construção e execução do viaduto e trincheira Luiz Felipe, na avenida Historiador Rubens de Mendonça, obra que contempla a passagem do VLT.

Francisco dos Santos é natural de Tutóia (MA), cidade que integra o denominado Delta do Parnaíba e na qual viveu até o início da idade adulta quando saiu em busca do ouro nos garimpos no Amapá. A vida difícil do garimpo o obrigou a se estabelecer na capital Macapá e a procurar trabalho na construção civil. 

Mayke Toscano/Secom-MT
Francisco dos Santos também trabalhou nas obras da Copa 2014 

Filho do agicultor Bernardo e da dona de casa Rosana, Francisco foi o primeiro dos 12 irmãos a sair de casa em busca de trabalho. Depois de se fixar em Macapá levou 9 irmãos e os pais lá. Dois irmãos ficaram no Maranhão.

Na construção civil Francisco começou como meia-colher, mas sua disposição e habilidades logo o alçaram a pedreiro. Em 1998 Francisco foi tentar a sorte na França onde trabalhou com um pequeno empreiteiro que o ajudou a legalizar a situação. O pedreiro ajudou a construir dois pequenos prédios. “Quando vim embora, o patrão queria que eu continuasse, mas a saudade do Brasil foi maior”. E em 2001, véspera da retomada do crescimento brasileiro, Francisco começou a trabalhar em uma construtora.

Como profissional da empreiteira ele conheceu grande parte do país. Além de Macapá, já trabalhou em Tocantins, São Paulo, Belo Horizonte e Londrina, no Paraná. Francisco já trabalhou na construção de mais de 1 mil estacas, que são as colunas feitas para sustentação das paredes, nos casos das trincheiras. “Eu acompanho o serviço todo, para que não aja erro nenhum”, garante.

O pedreiro diz que Cuiabá está passando por uma verdadeira transformação urbana. “Quando tudo terminar, vai ficar muito bom”, reconhece. 



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