9 de junho de 2014

Ex-sargento da PM pinta carro e se fantasia para demonstrar seu amor à Seleção Brasileira


HELSON FRANÇA
Portal da Copa

Edson Rodrigues/Secopa
José Gonçalo da Silva Amorim, conhecido como "brasileiro"


Vestido com as cores do Brasil dos pés à cabeça e levando o amor ao país pelos quatro cantos de Cuiabá, por meio de sua Caravan 1977 toda personalizada de verde e amarelo, o sargento aposentado José Gonçalo da Silva Amorim, 56 anos, chama a atenção por onde passa. Segundo ele mesmo, é o "mais fanático torcedor da seleção canarinho da capital mato-grossense". 


Popularmente conhecido como “Homem Brasileiro da Copa” ou simplesmente “Sargento Brasileiro”, José - que foi sargento da Polícia Militar de Mato Grosso por 18 anos - conta que a sua forma peculiar de demonstrar o amor à pátria e a seleção brasileira está relacionada ao seu jeito espontâneo de ser, como também à disciplina adquirida nos tempos de militar. 


“Sempre fui assim, extrovertido, brincalhão. Mas para me caracterizar dessa maneira é necessária toda uma preparação, leva-se tempo. E investimento, para se estilizar o carro, principalmente”, relata. Ele diz não se recordar mais do quanto já gastou na personalização do carro, adornos e fantasias. 

“Sargento Brasileiro”, que arrepiava ao escutar o hino nacional nos tempos de corporação, diz que seu patriotismo é algo que vem do coração, não sabendo explicar muito bem como surgiu o amor. 

Ele tomou a decisão de mostrar ao povo sua paixão ao Brasil no ano 2000, quando adquiriu a Caravan - que originalmente era bege. Já fora da vida militar, ele diz ter ficado na dúvida sobre a forma de se expressar: ou pintaria quadros ou um carro. Acabou optando pela segunda opção. “Com o carro posso levar minha expressão para onde quiser e assim contagiar um maior número de pessoas”, justifica. 

Namoro perdido 

A extravagância, de início, foi vista com desconfiança por familiares e pessoas mais próximas. Custou até mesmo uma namorada. “No primeiro encontro, quando ela viu o carro todo pintado, já fez uma cara estranha, e eu ainda estava com uma bandana do Brasil na cabeça. Ela disse para eu tirar, porque achava ridículo, e eu não tirei. Dias depois já não estávamos mais juntos”, lembra. 

Solteiro e pai de dois filhos, José afirma, porém, que atualmente conta com o apoio da família e amigos e que sua iniciativa já lhe trouxe certo reconhecimento. “Por onde ando as pessoas acenam para mim, pedem para tirar foto comigo e com o carro. É um barato”. 

Também preocupado com os rumos do Brasil, o ex-militar diz que apoia as manifestações pacíficas dos cidadãos contra a corrupção e por melhorias na qualidade dos serviços públicos, mas ressalta que o maior protesto deve ser feito no momento do voto. “É nas urnas que a maior resposta deve ser dada”, dá o recado. 

Sobre a Copa do Mundo, “Sargento Brasileiro” se mostra bastante confiante com um triunfo da seleção canarinho, mas garante que, mesmo em caso de derrota, não irá parar de espalhar seu amor pela equipe e pelo país. “Foi assim nas duas últimas Copas, né? O Brasil perdeu, todo mundo foi embora triste e eu fiquei. Eu irei continuar a me expressar, pois gosto de estar assim. Mas tomara que o Brasil levante o caneco este ano, se possível, ganhando da Argentina na 

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