11 de maio de 2014

Três países suspendem compra de carne brasileira por efeito ‘vaca louca’ em Mato Grosso Suspeita de mal da vaca louca em uma vaca morta em MT motivou suspensão de compras do Peru



Governo sustenta que caso é isolado e atípico e segue investigações 

O Peru decidiu suspender por 180 dias as compras de carne bovina brasileira por causa da suspeita de um caso do mal da vaca louca registrado em uma propriedade rural no Oeste de Mato Grosso. Fontes do órgão disseram que uma missão técnica irá a Lima na próxima semana para oferecer "explicações" sobre o assunto, que ainda está sob investigação. Egito e Irã colocaram restrições temporárias à carne bovina produzida no Estado. Um baque na economia local. Há informações ainda sobre restrições de Argélia e Líbia também foram citadas pelo mercado.

Há 15 dias, o governo brasileiro confirmou a suspeita que um animal de 12 anos, sacrificado dias antes, pode ter sofrido da doença conhecida tecnicamente como Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). No entanto, o Governo esclareceu que a suspeita recaiu sobre um único animal que tinha sido alimentado exclusivamente com pasto e sal mineral.

A propriedade em Mato Grosso onde o caso foi registrado é dedicada à criação de gado em grandes extensões. O problema é que o animal estaria pronto para o abate no frigorifico JBS, um das maiores plantas industriais de produção de carne bovina do Brasil, na cidade de São José dos Quatro Marcos.

De acordo com as autoridades brasileiras, esse seria um caso atípico de "vaca louca", e acreditam que isso será provado em análises que serão realizadas no laboratório de referência internacional da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), para onde foram enviadas as amostras necessárias.

O Ministério da Agricultura afirmou que a carne do animal suspeito não foi destinada ao mercado para consumo humano ou animal, e que o material de risco foi incinerado. O órgão lembrou que a OIE manteve em maio do ano passado o status do Brasil, o maior produtor e exportador mundial de carne bovina, como país de "risco insignificante" para o mal de "vaca louca" apesar de a confirmação de um caso atípico da doença em dezembro de 2012.

Nessa época, 17 países suspenderam suas importações de carne bovina brasileira, mas retomaram depois que a OIE confirmou que o caso era atípico e não configurava um risco para a saúde. Nesta ocasião, o Peru foi o primeiro país a decidir suspender suas compras de carne brasileira frente a esta nova suspeita.

"O que temos, até o momento, é o embargo oficial de 180 dias, que pode ser revogado, para o País pelo Peru e bloqueios comerciais não oficiais de Egito e Irã", disse o presidente da entidade, Antonio Jorge Camardelli, à Agência Estado. Na próxima semana, uma equipe do ministério irá ao Peru para explicar o caso e tentar reverter o embargo.

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