30 de maio de 2014

Palco da Copa em MT fica pronto às vésperas de mundial; Arena é legado




Tarso Nunes


Mário Okamura

Arena Pantanal será palco de 4 jogos. Chile, Austrália, Rússia, Coréia do Sul, Colômbia, Japão, Nigéria e Bósnia se enfrentam no estádio a partir de 13 de junho

Após seis anos da escolha de Cuiabá como uma das 12 cidades-sede da Copa do Mundo, o palco dos quatro jogos recebe os últimos retoques para a estréia, com a partida Chile x Austrália, às 18h do próximo dia 13 de junho. A indicação da Capital mato-grossense foi comemorada pela população, na praça 8 de abril, como o gol do Brasil na final de 2002, quando levantou a taça. A cidade foi elevada como representante do Pantanal ao eliminar Campo Grande (MS), em uma disputa acirrada.

Entre erros e acertos que envolvem o trabalho do Estado, e a poucos dias do “pontapé” inicial, a Arena Pantanal recebe pequenos ajustes da colocação das estruturas temporárias e de segurança. Ainda estão sendo feitos os trabalhos de cabeamento para o broadcasting (transmissão dos jogos), além da construção da área de escritório provisórios para o staff do Comitê Organizador Local (COL) e da Fifa.

No entorno da Arena, segundo a Secopa, todas as fases de recapeamento e pavimentação asfálticas ficarão prontas até o início do Mundial. A única obra próxima ao estádio que não será finalizada é a do Córrego 8 de abril. Para a Copa, o antigo Verdão, que foi demolido para a construção de um novo estádio no mesmo lugar, terá capacidade para 44.003 torcedores.

A viabilização novo estádio vai custar cerca de R$ 570 milhões ao erário. A previsão inicial era de R$ 342 milhões, mas foram acrescidos R$ 178 milhões de aditivo, ou seja, 66,6% a mais que o valor inicial. Para justificar este valor de suplementação, a Secopa garante que o primeiro preço não contabilizava os gastos com as cadeiras e o sistema de Tecnologia da Informação (TI), Ambos totalizando R$ 120 milhões. O Governo, a princípio, planejava conseguir os recursos para TI por meio de emprétimo junto à Caixa Econômica Federal por meio do PAC, mas a transação foi negada porque esse tipo de obra não se enquadra nesta linha de crédito.


Edson Rodrigues

Arena Pantanal passa por últimos ajustes antes da bola rolar nos jogos da Copa

Das tantas incertezas das finalizações das 56 obras da Copa, a única que era "garantia" foi de que a Arena ficaria pronta, caso contrário, a Capital passaria o vexame de ser excluída do evento. Contudo, certos momentos, como o impasse das instalações das cadeiras, que teve até recomendação do Ministério Público para que lançasse outro edital com preços mais módicos, fizeram com que as obras, que já estavam atrasadas, serem postergadas ainda mais e, assim, colocando "em xeque" a capacidade da conclusão.

A Arena Pantanal deveria ter sido entregue inicialmente em dezembro de 2012, mas o prazo foi estendido por um ano, para ser concluída em dezembro de 2013, o que também não aconteceu. Em 2014, a entrega foi atrasada por meses e a justificativa era de que, apenas, faltava a instalação das cadeiras. Agora, mesmo antes de ser finalizada, o governo entregou as “chaves” para a Fifa, que ficará no comando do estádio até dia o último jogo da Copa, em 13 de julho.

Além do jogo de estreia Chile x Austrália, mais três vão acontecer em solo mato-grossense: Rússia x Coreia do Sul (17/06, às 18h); Nigéria x Bósnia-Herzegovina (21/06, às 18h); Japão x Colômbia (24/06, às 16h).

Legado

Apesar dos transtornos vividos pela população, a Arena ainda é passível de colher bons frutos. A forma como foi construída pode servir para eventos, shows e feiras, servindo para o cotidiano da população. Além disso, a tendência é que time com grande expressão nacional jogue mais vezes na Arena. Na última vez, por exemplo, o confronto entre Santos x Atlético - MG recebeu mais de 18,6 mil torcedores, bem mais que os 736, em média, que foi o estadual deste ano. 

Pesa contra o estádio, o pífio público do campeonato mato-grossense, tendo em vista que times mato-grossenses ainda não conseguem atrair um grande público pelo fraco futebol praticado no Estado. Assim, é necessário mais investimento. Hoje, o time melhor colocado é o Luverdense, de Lucas do Rio Verde, que joga na segunda divisão do campeonato Brasileiro. Os times da Capital, Cuiabá e Mixto, figuram na terceira divisão.

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